segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Presidente do Sudão desafia Tribunal de Haia

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Presidente do Sudão desafia Tribunal de Haia e desfila pela capital.

O presidente do Sudão, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, desafiou o Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia e afirmou que a instituição não está "moralmente capacitado" para emitir uma ordem de detenção contra ele. Ele ainda desfilou pela capital do país diante de milhares de pessoas.

O presidente sudanês Omar al-Beshir gesticula no meio de uma multidão, na capital Khartoum.
Bashir fez essas declarações em discurso perante o Conselho de Ministros, um dia depois de o TPI emitir uma ordem internacional de detenção contra ele por crimes de guerra e lesa-humanidade, dado seu suposto envolvimento na morte de mais de 300 mil pessoas no conflito de Darfur. O líder, que participou de uma manifestação na capital sudanesa, disse ainda que responderá à decisão do TPI com "mais esforços para alcançar a paz".


"Aqueles que emitiram uma ordem de detenção não estão qualificados moral ou objetivamente para tomar essas decisões e medidas, porque são responsáveis pela humilhação e saque da riqueza dos povos", disse Bashir, em um breve discurso televisionado. Fora isso, Bashir afirmou que "os que atacam Gaza com todo tipo de armas são os que devem ser levados perante a Justiça", em referência à operação militar lançada por Israel contra a Faixa entre dezembro e janeiro.


O presidente, vestido como civil e mostrando grande serenidade, ressaltou que a ordem do tribunal com sede em Haia não tinha sido ditada apenas contra ele, mas contra "todos os estados que rejeitam a política" dos países ocidentais. "O Sudão, que rejeitou todo tipo de humilhação e que resistiu ao colonialismo, não pode aceitar o retorno desse colonialismo outra vez", declarou.


O conflito de Darfur, no oeste do Sudão, eclodiu em fevereiro de 2003 quando dois grupos rebeldes pegaram em armas contra o regime de Cartum, em protesto pela pobreza e a marginalização que atingiam os habitantes da região.

1 comentários:

Clodoaldo Silva da Anunciação disse...

TRatamos desse assunto hoje na aula e a reportagem é bastante pertinente Alina. Os argumentos das partes envolvidaas julgadores e julgados são muito relevantes do ângulo de cada um, mas não evitam os massacres e genocídios.

 
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