Angola está fora de um cenário de recessão económica, na perspectiva do Banco Mundial. Àquela instituição financeira mundial acaba de rever em alta as previsões para o crescimento económico do país.

OJE/Lusa
A melhoria das perspectivas para a produção petrolífera angolana em 2009 ajudou a pôr de lado a possibilidade de crise económica em Angola. "Revi a previsão de crescimento económico angolano em 2009, saindo do negativo para um crescimento “flat”, de zero por cento", disse à Lusa o economista-chefe do Banco Mundial para Angola.
O economista brasileiro afirma que o crescimento angolano poderá até ser positivo, se o sector petrolífero crescer mais de 10 por cento.

OJE/Lusa
A melhoria das perspectivas para a produção petrolífera angolana em 2009 levou o Banco Mundial a rever em alta as previsões para o crescimento económico do país, afastando o cenário de recessão.
"Revi [a previsão de crescimento económico angolano em 2009], saindo do negativo para um crescimento flat, de 0%", diz Ricardo Gazel, economista-chefe do Banco Mundial para Angola.
O economista brasileiro afirma que o crescimento angolano poderá até ser positivo, se o sector petrolífero crescer mais de 10%. "Neste momento acho que um crescimento à volta de 9% é mais indicativo, dadas as condições de política macroeconómica e da economia global. Já estou a assumir um crescimento do sector não-petrolífero bastante forte para um ano em que os mercados internacionais e a economia global estão em recessão e o Governo tem adoptado medidas bastante restritivas, quer na parte fiscal quer monetária", sublinha.
A anterior previsão do Banco Mundial (quebra de 1,9% no PIB) sustentava-se numa redução de 13% na produção petrolífera e cenário de quebra de preços. Mas entretanto o preço do petróleo subiu e a produção de petróleo angolana inscrita no Orçamento de Estado revisto, 1,8 milhões de barris diários, está apenas 6,5% abaixo da registada no ano passado.
Apesar da quebra, afirma Gazel, o valor previsto para a produção está "acima do que seria se todos os cortes acordados com a OPEP fossem implementados. Mas a verdade é que nenhum país está a implementar a 100%" os cortes do cartel, sublinha.
A recuperação do sector petrolífero angolano levou também o Banco BPI a rever em alta previsões para o PIB angolano em 2009, para -2,0%, enquanto o Governo angolano espera um crescimento de 6,1%.
No segundo trimestre de 2009 o preço internacional do petróleo inverteu a tendência de queda, e Angola conseguiu manter níveis de exploração petrolífera próximos de 1,7 milhões de barris diários, acima da quota fixada pela OPEP.
Segundo dados do Ministério das Finanças angolano, em Janeiro o preço do petróleo angolano rondava os 39 dólares, tendo subido para 55,9 dólares em Maio.
Em Fevereiro o BPI previa uma quebra no PIB na ordem dos 5% em 2009, com o sector petrolífero a recuar 14% e o não-petrolífero a subir ligeiros 4%.
As estimativas baseiam-se numa produção petrolífera de 1,75 milhões de barris diários, a um preço médio de 48 dólares por barril (era de 40 dólares em Fevereiro).
No seu último relatório, divulgado há poucas semanas, o BPI prevê uma recuperação do PIB para 2010, com um crescimento na ordem dos 6,0%.
No ano passado Angola registou dos mais elevados ritmos de crescimento económico do mundo - 15%, aproximadamente, graças aos preços-recorde do petróleo acima dos 140 dólares e a um nível de produção próximo dos 2 milhões de barris diários.
O Governo angolano também já reviu as suas projecções. Na base do Orçamento de Estado revisto para este ano a previsão de crescimento económico foi cortada de 11,8 para 6,1%, ainda assim a única positiva em cima da mesa.
Noutras previsões mais antigas a OCDE apontava para uma recessão em 2009 de 7,2%, o FMI -3,6% e a Economist Intelligence Unit (Abril) -2,3%.
"Revi [a previsão de crescimento económico angolano em 2009], saindo do negativo para um crescimento flat, de 0%", diz Ricardo Gazel, economista-chefe do Banco Mundial para Angola.
O economista brasileiro afirma que o crescimento angolano poderá até ser positivo, se o sector petrolífero crescer mais de 10%. "Neste momento acho que um crescimento à volta de 9% é mais indicativo, dadas as condições de política macroeconómica e da economia global. Já estou a assumir um crescimento do sector não-petrolífero bastante forte para um ano em que os mercados internacionais e a economia global estão em recessão e o Governo tem adoptado medidas bastante restritivas, quer na parte fiscal quer monetária", sublinha.
A anterior previsão do Banco Mundial (quebra de 1,9% no PIB) sustentava-se numa redução de 13% na produção petrolífera e cenário de quebra de preços. Mas entretanto o preço do petróleo subiu e a produção de petróleo angolana inscrita no Orçamento de Estado revisto, 1,8 milhões de barris diários, está apenas 6,5% abaixo da registada no ano passado.
Apesar da quebra, afirma Gazel, o valor previsto para a produção está "acima do que seria se todos os cortes acordados com a OPEP fossem implementados. Mas a verdade é que nenhum país está a implementar a 100%" os cortes do cartel, sublinha.
A recuperação do sector petrolífero angolano levou também o Banco BPI a rever em alta previsões para o PIB angolano em 2009, para -2,0%, enquanto o Governo angolano espera um crescimento de 6,1%.
No segundo trimestre de 2009 o preço internacional do petróleo inverteu a tendência de queda, e Angola conseguiu manter níveis de exploração petrolífera próximos de 1,7 milhões de barris diários, acima da quota fixada pela OPEP.
Segundo dados do Ministério das Finanças angolano, em Janeiro o preço do petróleo angolano rondava os 39 dólares, tendo subido para 55,9 dólares em Maio.
Em Fevereiro o BPI previa uma quebra no PIB na ordem dos 5% em 2009, com o sector petrolífero a recuar 14% e o não-petrolífero a subir ligeiros 4%.
As estimativas baseiam-se numa produção petrolífera de 1,75 milhões de barris diários, a um preço médio de 48 dólares por barril (era de 40 dólares em Fevereiro).
No seu último relatório, divulgado há poucas semanas, o BPI prevê uma recuperação do PIB para 2010, com um crescimento na ordem dos 6,0%.
No ano passado Angola registou dos mais elevados ritmos de crescimento económico do mundo - 15%, aproximadamente, graças aos preços-recorde do petróleo acima dos 140 dólares e a um nível de produção próximo dos 2 milhões de barris diários.
O Governo angolano também já reviu as suas projecções. Na base do Orçamento de Estado revisto para este ano a previsão de crescimento económico foi cortada de 11,8 para 6,1%, ainda assim a única positiva em cima da mesa.
Noutras previsões mais antigas a OCDE apontava para uma recessão em 2009 de 7,2%, o FMI -3,6% e a Economist Intelligence Unit (Abril) -2,3%.
A melhoria das perspectivas para a produção petrolífera angolana em 2009 ajudou a pôr de lado a possibilidade de crise económica em Angola. "Revi a previsão de crescimento económico angolano em 2009, saindo do negativo para um crescimento “flat”, de zero por cento", disse à Lusa o economista-chefe do Banco Mundial para Angola.
O economista brasileiro afirma que o crescimento angolano poderá até ser positivo, se o sector petrolífero crescer mais de 10 por cento.
Fonte: Lusa
14 de agosto de 2009
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