sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Seca provoca fome e ameaça milhões no leste da África

sexta-feira, 16 de outubro de 2009
A seca que se estende pelo leste da África pelo quarto ano consecutivo, somada ao constante aumento dos preços dos alimentos básicos e às devastadoras guerras, ameaçam milhões de pessoas com a fome. Em junho, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) advertiu contra as consequências mortais da seca persistente, os conflitos e o custo dos alimentos nessa parte do continente africano, o que está acontecendo agora.No Quênia, por exemplo, o país tem a pior seca da última década por causa da ausência quase total de precipitações na temporada de chuvas, em particular nas regiões áridas e semiáridas do norte, explica o porta-voz do PMA, Marcus Prior. O milho, a principal colheita do país, será inferior em 28% em relação à média dos cinco últimos anos. Os pastos e a água para o gado diminuem rapidamente provocando a morte de bois e vacas.O organismo prevê que deverá socorrer 3,8 milhões de quenianos afetados pela seca e pela contínua alta dos preços. "Cerca de um queniano em cada dez precisa de ajuda alimentícia", segundo a agência da ONU. Segundo o PMA, a população já está sofrendo com a fome, a má nutrição já causa estragos entre as crianças e o gado está morrendo."Alguns quenianos lutam para sobreviver e adotaram estratégias extremas, como reduzir o número de refeições diárias, comer alimentos mais baratos e menos nutritivos, imigrar para zonas urbanas ou contrair dívidas enormes".A situação também é difícil nos países vizinhos como Etiópia, norte de Uganda, Djibuti ou Somália, onde o PMA oferece assistência alimentar a cerca de 17 milhões de pessoas.Em Uganda, onde o PMA ajuda 1 milhão de pessoas, principalmente no norte e leste do país, o problema vai aumentar se não chover nos próximos dias, afirmou o ministro da Informação, Kabakumba Masiko. Na Tanzânia, o governo enviou recentemente 40 mil toneladas de cereais às regiões do norte, onde se detectam "bolsões de fome", segundo o ministro da Agricultura, Stephen Wasira.Quanto à Somália, imersa numa guerra civil há duas décadas, o país conhece atualmente sua pior crise humanitária, com um terço de seus 10 milhões de habitantes dependentes da ajuda internacional. Uma criança em cada cinco sofre de má nutrição.O deficit pluviométrico tem consequências dramáticas para a agricultura de subsistência do continente, onde as colheitas são muito modestas. A resposta internacional é igualmente errática e superficial. Para piorar a situação, a volta das chuvas geralmente é sinônimo de inundações destrutivas e doenças causadas pela má qualidade da água.A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê níveis de chuva superiores à média nos próximos meses e no começo de 2010, com um novo fenômeno El Niño.
Nota:A MIAF está atenta a esta situação na África e por isso lançou o projeto Fundo para Fome que visa apoiar comunidades que estão sofrendo com este problema.
Postado dia 16 de outubro de 2009
Postado por Jullie Danielle do C. Almeida e Kleytionne Pereira Sousa

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