quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Hillary pressiona por renúncia de líderes da Guiné

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse na terça-feira que os líderes militares da Guiné devem renunciar, depois que soldados mataram 150 pessoas em uma manifestação e estupraram mulheres.

"Ficamos perplexos e ultrajados com a recente violência na Guiné," disse Hillary em entrevista coletiva ao lado do chanceler paquistanês. "A matança e os estupros indiscriminados (...) por parte de tropas do governo foram uma violação vil dos direitos do povo do país," acrescentou.
As tropas subordinadas ao presidente militar Moussa Dadis Camara abriram fogo contra os manifestantes em um estádio da capital Conakry em 28 de setembro. Uma entidade local de direitos humanos disse que 157 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Há relatos de que muitas mulheres foram estupradas por militares.

Camara tomou o poder na Guiné, maior exportador mundial de bauxita, depois de um golpe em dezembro, e irritou seus adversários ao se recusar a esclarecer se disputará as eleições presidenciais marcadas para janeiro.

A União Africana deu a Camara um prazo até meados de outubro para confirmar que não participará das eleições de 31 de janeiro, ameaçando impor sanções se ele não respeitar o prazo.
Hillary disse que diplomatas dos EUA falaram com os líderes da Guiné "nos termos mais fortes possíveis." O Departamento de Estado disse que as autoridades norte-americanas manifestaram "profundo ultraje" e "condenaram o massacre e as flagrantes violações dos direitos humanos."
Hillary se disse particularmente chocada com a violência contra as mulheres.

"Em plena luz do dia e em um estádio, foi um ato criminoso no seu mais alto grau," afirmou ela. "Quem cometeu tais atos não deveria ter qualquer razão para esperar que irá escapar da justiça."
Notícia publicada em 06/10/2009.
Postada por Alina Fialho e Jamille Giffoni

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