domingo, 25 de outubro de 2009

Bispos da África pedem fim das guerras e tratamento às pessoas com aids

domingo, 25 de outubro de 2009
Por vontade do papa Bento XVI, o Vaticano publicou hoje as 57 propostas aprovadas no 2º Sínodo para a África, que terminou hoje, nas quais há uma chamada para o fim das guerras e para que os pacientes com aids africanos recebam o mesmo tratamento que na Europa.

Bento XVI, pela terceira vez, permitiu a divulgação das propostas da conclusão destas assembléias e que são enviadas ao papa para que, com elas, se prepare a Exortação Apostólica, o documento com o qual oficialmente um Sínodo é fechado.

Nas propostas aprovadas pelos 244 bispos que assistiram ao sínodo, os prelados fizeram uma chamada a todos os envolvidos nas guerras "que fazem seus povos sofrer" e pediram para "acabar com as hostilidades".

Pediram que a comunidade internacional "lute" contra as tentativas de desestabilização do continente. Além disso, exigiram a abolição no mundo todo da pena de morte.

As propostas foram apresentadas pelo cardeal Peter Turkson, de Gana, que foi o relator e a quem o papa nomeou hoje presidente do influente Conselho Pontifício Justiça e Paz.

Os prelados analisaram o problema da emigração, destacaram que há 15 milhões de pessoas na África que buscam "uma pátria e um lugar de paz", e expressaram sua "preocupação" com as leis de imigração de países estrangeiros "que discriminam os africanos".

Além da imigração, a África sofre com uma pandemia de aids que afeta 27 milhões de pessoas. Hoje, os bispos disseram que esta doença, junto com a malária e a tuberculose, está dizimando a população e prejudicando a vida econômica e social do continente.

Se na mensagem final - divulgada ontem - eles defenderam a castidade e a fidelidade para combater a aids e rejeitaram o uso do preservativo, nas propostas afirmaram que os doentes africanos são vítimas da injustiça, "porque não recebem a mesma qualidade de tratamento de outros países".

Por isso, pediram que "lhes seja assegurado o mesmo tratamento praticado na Europa", e defenderam ajudar os casais de infectados "para que tomem as medidas justas, com plena responsabilidade para o bem-estar recíproco, a união e a família".

Nessa frase, observadores vaticanos viram uma "pequena abertura" da Igreja africana ao uso do preservativo nos casamentos onde um deles está infectado.

fonte:http://g1.globo.com/noticias/mundo

sábado, 24 de outubro de 2009

Saramago e África

sábado, 24 de outubro de 2009

José Saramago, o grande escritor português e prêmio Nobel de literatura, mantém um blog (“O Caderno de Saramago”) em que comenta assuntos diversos. No final de agosto, fez um texto interessante sobre a África.
A quem interessar possa, o link é esse:
http://caderno.josesaramago.org/2009/08/11/africa

Um prêmio sem vencedores

Ficou sem vencedor a edição deste ano de um dos prêmios mais esquisitos já criados. O Mo Ibrahim Prize, inventado pelo magnata das telecomunicações sudanês de mesmo nome, não conseguiu encontrar uma pessoa que preenchesse os pré-requisitos para a bolada de US$ 5 milhões ao longo de dez anos, e depois mais US$ 200 mil por ano pelo resto da vida, para os agraciados. É o maior prêmio individual concedido no mundo (o Nobel agracia o vencedor com “apenas” US$ 1,5 milhão).



O que há de diferente (e polêmico) sobre esse prêmio é que ele é conferido a ex-presidentes africanos que demonstraram ser bons governantes e construtores de sistemas democráticos em seus países. Não há muitos, portanto. Líderes populares que decidem deixar o poder voluntariamente, uma exceção num continente em que um mesmo sujeito passa três décadas no governo, venceram as duas primeiras edições do prêmio: Joaquim Chissano, de Moçambique, e Festus Mogae, de Botsuana.



Em 2009, segundo o comitê que decide quem vence o prêmio, ninguém se destacou. Estranho, tendo em vista que pelo menos dois ex-presidentes deixaram o poder sem resistências nesse período e poderiam perfeitamente se encaixar no critério: John Kufuor, em Gana (cujo partido foi derrotado na eleição presidencial) e Thabo Mbeki, da África do Sul (removido do cargo pelo seu próprio partido).



O comunicado oficial do comitê do prêmio celebra “o progresso feito na governança de alguns países africanos, enquanto nota com preocupação recentes revezes em outros”. Sem grandes explicações, diz apenas que neste ano, o comitê do prêmio considerou alguns candidatos possíveis. No entanto, após uma análise profunda, não foi possível escolher num vencedor”.



Talvez seja uma constatação de que os nobres objetivos do dr. Ibrahim não estejam funcionando. A idéia por trás do prêmio é dar um incentivo a que presidentes e líderes africanos se comportem de maneira razoável. Há os que digam que muito melhor seria aplicar essa dinheirama em projetos sociais que beneficiem mais de uma pessoa. Mas há quem pondere que um presidente que governe de maneira responsável causa muito mais impacto positivo para um país.



O fato é que em 2009, a África continuou a ter problemas de corrupção, golpes de Estado e governos falidos. Mauritânia, Madagascar e Guiné são alguns exemplos. O recado é claro: não será um prêmio, por mais generoso, que mudará de forma artificial problemas estruturais e históricos de um continente.

Disponível em:
http://penaafrica.folha.blog.uol.com.br/arch2009-10-01_2009-10-31.html#2009_10-23_17_48_15-129032461-0
Escrito por Fábio Zanini às 20h30,em 21/10/2009.
Postado por ALINA FIALHO E JAMILLE GIFFONI

Missão angolana com George Chicoty tenta resolver crise migratória com Kinshasa

Uma delegação angolana, chefiada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, George Chicoty, parte nesta segunda-feira para a República Democrática do Congo (RD Congo, ex-Zaire) com o objectivo de encontrar uma solução para a crise migratória entre Luanda e Kinshasa.

A comissão indicada pelo presidente angolano, José Eduardo dos Santos, para resolver a situação dos angolanos expulsos do país vizinho, deixou Luanda pela hora de almoço, avançou à Agência Lusa o director para África e Oriente Médio da chancelaria angolana, Nelson Cosme, Além disso, membros dos ministérios da Defesa e do Interior também participam da missão. O assunto dominante nas conversações entre os dois países vai ser a questão da expulsão de milhares de angolanos da RD Congo durante a última semana por decisão do governo congolês, e ainda os milhares de repatriamentos de congoleses ilegais de Angola das zonas diamantíferas das Lundas.

Em declarações à Agência Lusa, Cosme disse que a delegação parte com o objectivo de “encontrar saída para a crise e abordar com o governo congolês questões de reforço da cooperação”.

O número de angolanos expulsos da RDC pode já ter chegado aos 30 mil, sendo que só na província do Zaire estão contabilizados cerca de 24 mil e no Uíge cerca de 4500.

Cabinda e Lundas são igualmente pontos de chegada de angolanos expulsos da RD congo.

Luanda já tornou público que a reciprocidade não está sendo aplicada nesta crise, visto que as repatriações de congoleses de Angola são apenas de ilegais e nas zonas diamantíferas das Lundas, enquanto da RDC estão sendo expulsos angolanos com situação legalizada, incluindo estudantes, professores, freiras, operários e ainda refugiados registados pelo Alto Comissariado das Nações Unidades para os Refugiados desde o tempo da guerra em Angola.

Fonte:Lusa
Disposto em: http://www.angolaxyami.com/Em-destaque/Missao-angolana-com-George-Chicoty-tenta-resolver-crise-migratoria-com-Kinshasa.html


Postado por: JULLIE DANIELLE DO CARMO ALMEIDA E KLEYTIONNE PEREIRA SOUSA

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Educação na África: A fuga de cérebros

sexta-feira, 23 de outubro de 2009
A principal causa de brain drain externo é o baixo nível dos salários pagos aos profissionais africanos. O fato é que são gastos cerca de quatro bilhões anualmente para a contratação de profissionais estrangeiros para trabalharem na África, mas não é investida uma quantia proporcional para recrutar os africanos que trabalham no exterior. Profissionais africanos trabalhando na África têm salários consideravelmente menores do que os salários de expatriados com qualificação semelhante.
Temos ainda o brain drain interno que ocorre quando pessoas não são empregadas nos seus campos de experiência e especialização. Por exemplo, muitos oficiais militares são políticos de uniforme e alguns médicos ganham salários suplementares como motoristas de táxi.
Muitos profissionais emigraram durante os reinados brutais de Idi Amin, Mobutu e Sani Abacha. A guerra no Sudão entre o norte islâmico e o sul cristão conduziu à emigração de metade dos profissionais sudaneses. Em 1991, um de cada três países africanos era afetado pelos conflitos.
O fato é que os países que vem absorvendo cérebros são vencedores, enquanto que países que exportam cérebros estão perdendo. Os países fornecedores de cérebros incluem a Nigéria, a África do Sul e Gana. Só a Nigéria tem 100.000 imigrantes nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, 64% de estrangeiros nascidos na Nigéria com 25 ou mais anos de idade têm ao menos o grau de bacharelado. 43% de estrangeiros que vivem nos Estados Unidos nascidos na África são pelo menos bacharéis. Nigerianos e outros africanos representam os grupos étnicos com maior nível educacional nos Estados Unidos
O brain drain torna difícil a criação de uma classe média formada por médicos, engenheiros e outros profissionais. A sociedade africana está dividida em, basicamente, duas classes: uma pequena população muito rica e uma gigantesca classe de pessoas pobres.
As consequências econômicas da fuga de cérebros pode ser constatada no fato de que os melhores e mais brilhantes profissionais podem emigrar, deixando para trás os mais fracos e com menor potencial intelectual. Aos poucos, a África morre desolada...
**Postado por Dejanira Góis e Mariana Almeida**

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Piratas somalis capturam navio cargueiro na costa africana

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um grupo de piratas somalis com armas automáticas capturaram um cargueiro na costa leste da África e mantém sob seu poder os 26 tripulantes, disseram autoridades Operação Atalanta, uma ação liderada pelos europeus para combater a pirataria.

O cargueiro de bandeira do Panamá MV Al Khaliq foi capturado a cerca de 320 km a oeste das ilhas Seychelles na manhã desta quinta-feira.

Noel Choong, que lidera o Escritório Marítimo Internacional contra a pirataria, disse que os piratas atacaram o navio utilizado por indianos. Choong disse que o sequestro demonstra uma nova tendência na pirataria somali: que tem como alvo embarcações distantes da costa e que utilizam armamento pesado.

Piratas sequestraram nesta semana outros dois navios, um navio graneleiro de Cingapura e um cargueiro chinês.

A Operação Atalanta afirmou ainda que os piratas tentaram, sem sucesso, sequestrar o MV Jolly Rosso, de bandeira italiana, na costa do Quênia nesta quinta-feira.

O Escritório Marítimo Internacional (IMB, em inglês) divulgou nesta quarta-feira relatório no qual aponta que os ataques de piratas a navios no mundo todo aumentaram em relação ao ano passado e chegaram a 306 nos primeiros nove meses de 2009, graças aos ataques mais frequentes no golfo de Áden e na costa da Somália, país que sofre com a falta de um governo efetivo e um resistente movimento rebelde.

Em um relatório divulgado em Kuala Lumpur, a representação da agência marítima da ONU (Organização das Nações Unidas) indicou que o número de ataques inclui os cem ocorridos em águas do golfo de Áden e os 47 registrados em frente à costa da Somália.

No mesmo período de 2008, a agência marítima contabilizou 293 ataques --dos quais 51 foram a navios que navegavam em águas do golfo e 12 que estavam no litoral somali.

Os ataques de piratas deste ano foram também mais violentos e um maior número deles --de 76 em 2008 para 176 em 2009-- envolveu armas.



Postado por Carolina Tebaldi e Jerlaine Santos



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u641673.shtml

domingo, 18 de outubro de 2009

Premiê anuncia boicote ao governo de união do Zimbábue

domingo, 18 de outubro de 2009
Um importante aliado do primeiro-ministro do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, foi libertado sob fiança na noite desta sexta-feira, no dia em que seu partido anunciou um boicote ao governo de união nacional do país.
Roy Bennett, integrante do partido Movimento Democrático pela Mudança (MDC, na sigla em inglês), está sendo acusado de terrorismo. Ele foi libertado horas depois de o líder de seu partido, Tsvangirai, anunciar que deixaria, a princípio temporariamente, de participar do governo de união nacional formado com o presidente Robert Mugabe no início deste ano, devido à falta de confiança e divergências em pontos cruciais.
Tsvangirai havia nomeado Bennett como vice-ministro na coligação, mas ele foi preso no dia em que o gabinete tomou posse, em fevereiro. Bennett, que nega as acusações, foi solto sob fiança em março, mas a libertação foi revogada no início desta semana.
A libertação aconteceu depois que advogados convenceram um juiz da Alta Corte de Harare nesta sexta-feira a restaurar a liberdade de Bennett, sob fiança. A volta dele à prisão despertou a desaprovação internacional.
Nesta quinta-feira, a União Europeia anunciou que estava "profundamente preocupada" com prisão e acrescentou que lamentava que "abusos politicamente motivados persistam no país." Também na quinta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Robert Wood, afirmou que o processo era um "exemplo flagrante da ausência de um Estado de direito no Zimbábue.
O primeiro-ministro citou o que chamou de "perseguição" a seu assessor ao anunciar que abandonava por hora o governo de união com Mugabe, um gesto visto como um retrocesso no esforço do país para emergir do impasse político, do colapso econômico e do isolamento e sanções internacionais. Segundo Tsvangirai, o boicote ao governo persistirá até que pontos críticos sejam resolvidos e um acordo político seja alcançado.
"É nosso direito nos libertarmos de um parceiro desonesto e pouco confiável. A este respeito, embora estando no governo, nos dissociamos imediatamente do Zanu-PF e em especial do gabinete e do Conselho de Ministros, até o momento em que a confiança e o respeito sejam restaurados entre nós", disse Tsvangirai.
De acordo com o primeiro-ministro, membros de seu partido não assistiriam às reuniões do gabinete nem participariam de outras atividades com membros do partido de Mugabe, o que não foi contestado pelo partido do presidente, embora nenhum dois lados tenha a maioria necessária para governar sozinho.
Um teste fundamental da decisão do MDC pode vir no próximo mês, quando o ministro das Finanças, Tendai Biti --que é um líder do partido do primeiro-ministro-- deve apresentar o orçamento do Zimbábue para 2010.
"Até que a confiança seja restabelecida, não podemos continuar a fingir que está tudo bem", disse Tsvangirai, citando, entre outros pontos de atrito, o julgamento agendado contra Roy Bennett.

Indicado pelo primeiro-ministro como vice-ministro da Agricultura, Bennett é acusado de posse ilegal de armas. As acusações estão ligadas a desacreditadas alegações de que o partido de Tsvangirai planejou depor Mugabe em um golpe violento.
O anúncio desta sexta-feira, embora não rompa formalmente a partilha de poder, é uma mostra da profunda insatisfação do MDC com a coalizão. Mas Tsvangirai tem dito repetidamente que vê a aliança como a única maneira de assegurar o futuro do Zimbábue e afirmou que seu partido continuaria as atividades no Parlamento.
A reação indiferente do Zanu-PF salientou as tensões dentro da coalizão.
"Se MDC quer sair [...] não vemos problema nisso", disse Efraim Masawi, um porta-voz do Zanu-PF. "Estávamos tendo problemas com o MDC, trabalhando juntos. Nós tentamos, mas não foi fácil."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo

sábado, 17 de outubro de 2009

Uganda estuda pena de morte para casos de homossexualismo

sábado, 17 de outubro de 2009
Projeto prevê pena para os que fizerem sexo com menores e portadores de deficiência.
Um parlamentar de Uganda apresentou um projeto de lei que prevê a pena de morte para alguns tipos de práticas homossexuais.
David Bahati, do partido governista, quer a pena capital para os que fizerem sexo com portadores de deficiência, menores de 18 anos ou quando o acusado é HIV positivo.

Analistas em Uganda acreditam que o projeto tem grandes chances de se tornar lei, já que, apesar de críticas da oposição, várias lideranças políticas do país, inclusive o presidente, expressam publicamente posições contrárias aos gays.
Grupos de defesa dos direitos dos homossexuais em Uganda calculam que existam cerca de 500 mil pessoas com essa orientação sexual no país, que conta com uma população de 31 milhões de pessoas.

No país africano, o homossexualismo já é crime, punido com grandes multas e com prisão perpétua.

A proposta atual é de endurecer ainda mais as leis existentes. Se aprovada, a definição de homossexualismo será ampliada e o ato de promover a prática passa a ser punível com multa ou prisão.

Mas correspondentes dizem que é difícil condenar alguém por homossexualismo em Uganda devido à falta de evidências.

Muitos que se declaram publicamente gays não foram levados à justiça, já que admitir a preferência sexual não é considerado um crime.


Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1342502-5602,00-UGANDA+ESTUDA+PENA+DE+MORTE+PARA+CASOS+DE+HOMOSSEXUALISMO.html

Postado por Alina Fialho e Jamille M.P.R.G.Alves

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Seca provoca fome e ameaça milhões no leste da África

sexta-feira, 16 de outubro de 2009
A seca que se estende pelo leste da África pelo quarto ano consecutivo, somada ao constante aumento dos preços dos alimentos básicos e às devastadoras guerras, ameaçam milhões de pessoas com a fome. Em junho, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) advertiu contra as consequências mortais da seca persistente, os conflitos e o custo dos alimentos nessa parte do continente africano, o que está acontecendo agora.No Quênia, por exemplo, o país tem a pior seca da última década por causa da ausência quase total de precipitações na temporada de chuvas, em particular nas regiões áridas e semiáridas do norte, explica o porta-voz do PMA, Marcus Prior. O milho, a principal colheita do país, será inferior em 28% em relação à média dos cinco últimos anos. Os pastos e a água para o gado diminuem rapidamente provocando a morte de bois e vacas.O organismo prevê que deverá socorrer 3,8 milhões de quenianos afetados pela seca e pela contínua alta dos preços. "Cerca de um queniano em cada dez precisa de ajuda alimentícia", segundo a agência da ONU. Segundo o PMA, a população já está sofrendo com a fome, a má nutrição já causa estragos entre as crianças e o gado está morrendo."Alguns quenianos lutam para sobreviver e adotaram estratégias extremas, como reduzir o número de refeições diárias, comer alimentos mais baratos e menos nutritivos, imigrar para zonas urbanas ou contrair dívidas enormes".A situação também é difícil nos países vizinhos como Etiópia, norte de Uganda, Djibuti ou Somália, onde o PMA oferece assistência alimentar a cerca de 17 milhões de pessoas.Em Uganda, onde o PMA ajuda 1 milhão de pessoas, principalmente no norte e leste do país, o problema vai aumentar se não chover nos próximos dias, afirmou o ministro da Informação, Kabakumba Masiko. Na Tanzânia, o governo enviou recentemente 40 mil toneladas de cereais às regiões do norte, onde se detectam "bolsões de fome", segundo o ministro da Agricultura, Stephen Wasira.Quanto à Somália, imersa numa guerra civil há duas décadas, o país conhece atualmente sua pior crise humanitária, com um terço de seus 10 milhões de habitantes dependentes da ajuda internacional. Uma criança em cada cinco sofre de má nutrição.O deficit pluviométrico tem consequências dramáticas para a agricultura de subsistência do continente, onde as colheitas são muito modestas. A resposta internacional é igualmente errática e superficial. Para piorar a situação, a volta das chuvas geralmente é sinônimo de inundações destrutivas e doenças causadas pela má qualidade da água.A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê níveis de chuva superiores à média nos próximos meses e no começo de 2010, com um novo fenômeno El Niño.
Nota:A MIAF está atenta a esta situação na África e por isso lançou o projeto Fundo para Fome que visa apoiar comunidades que estão sofrendo com este problema.
Postado dia 16 de outubro de 2009
Postado por Jullie Danielle do C. Almeida e Kleytionne Pereira Sousa

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Irrigação é prioridade na luta contra a fome na África, segundo a FAO

quinta-feira, 15 de outubro de 2009
A prioridade na luta contra a fome na África é combater a "loteria" das secas, em um continente que tem uma baixíssima proporção de terras irrigadas, segundo o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), Jacques Diouf.
"Não podemos continuar jogando a loteria agrícola: plantar sementes, financiar e rezar para que chova", disse Diouf, em entrevista publicada hoje pelo jornal "Libération", e acrescentou que a água é a prioridade mais urgente para combater as crises de fome no continente.
Sobre isso, lembrou que 7% das terras cultiváveis na África são irrigadas, em comparação com cerca de 40% na Ásia. Esta proporção é de apenas 1% na região conhecida como o chifre da África (Somália, Etiópia, Djibouti e Eritreia), onde "a população depende das chuvas".
Diouf ressaltou a falta de investimento em agricultura na região, que diminuiu de 17% das ajudas públicas em 1980, para 3,8% em 2006.
Na mesma linha, se queixou também de que enquanto o Banco Mundial (BM) dedicava 30% de seus fundos à agricultura em 1980, esta taxa era de apenas 6% em 2006.
O diretor-geral da FAO disse ainda que, além da questão da irrigação, também é preciso se concentrar em melhorar os meios de armazenamento dos alimentos e as cadeias de abastecimento. "Um dos desafios mais cruciais, e o mais complicado, é a compra da produção dos agricultores a um preço" vantajoso para eles, acrescentou.
Diouf explicou que é preciso encorajar os investimentos estrangeiros na agricultura dos países pobres, mas é preciso impedir "as aquisições abusivas de terras por multinacionais" na África, "mas também" na América Latina e na Europa central e oriental.
Neste sentido, citou o exemplo da companhia sul-coreana Daewoo, que assinou um acordo para explorar 1,3 milhão de hectares em Madagascar.
Segundo a FAO, a marca de 1 bilhão de pessoas no mundo que passam fome foi superada, frente à taxa de 830 milhões contabilizada em 1996.
O diretor-geral alertou que "os riscos das crises de fome foram agravados por fenômenos climáticos extremos", nos quais a mudança climática tem um impacto "importante".


Publicado em: 15/10/09 - 09h41 - Atualizado em 15/10/09 - 09h40.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo...



quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Policiais matam mulher por engano na África do Sul

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

JOANESBURGO - Um carro foi confundido com um veículo roubado e recebeu vários tiros da polícia sul-africana. Uma mulher morreu. O caso ocorreu apenas algumas semanas depois de o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, ter afirmado que a polícia do país deveria ter restrições para o uso de força letal.

A polícia abriu fogo contra o carro onde estavam Olga Kekana, de 30 anos, e outras três pessoas, na manhã de domingo nas proximidades de Pretória. Olga foi atingida na cabeça e morreu no local. Duas pessoas ficaram feridas, mas o motorista saiu ileso. O ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, visitou a família da mulher assassinada nesta terça-feira.

Moses Dlamini, porta-voz da Diretoria Independente de Queixas, que investiga o fato, disse que as armas dos policiais foram apreendidas como parte da investigação, mas que os policiais continuam trabalhando e não sofreram punições. "No momento, não sabemos quem disparou o tiro que matou a mulher. Há tantas perguntas que é difícil dizer," disse.

As pessoas que estavam no carro disseram que a polícia não fez qualquer tipo de advertência antes de abrir fogo, por volta das 5 horas do domingo, disse Dlamini. Simon Mathibela, o motorista, disse ao jornal "The Star" que depois de abrir fogo, a polícia parou para olhar o carro e seus ocupantes feridos, então partiu sem oferecer ajuda. "Quando eles se deram conta que éramos as pessoas erradas, começaram a dizer ''desculpem''", disse ele.





Postado por Carolina Tebaldi e Jerlaine Santos






Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,policiais-matam-mulher-por-engano-na-africa-do-sul,450044,0.htm

sábado, 10 de outubro de 2009

Cabo Verde: Revisão da Constituição retomada em sessão especial do Parlamento

sábado, 10 de outubro de 2009
Cidade da Praia - As negociações entre os dois maiores partidos de Cabo Verde para a Revisão Constitucional, suspensas desde Julho, foram retomadas mas só serão debatidas a 02 de Novembro próximo, numa sessão especial do Parlamento cabo-verdiano.

A data foi confirmada hoje à Agência Lusa pelos líderes parlamentares do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder), Rui Semedo, e do Movimento para a Democracia (MpD, oposição), Fernando Elísio Freire, as duas únicas formações com bancadas na Assembleia Nacional (AN) local.

Nem Rui Semedo nem Elísio Freire adiantaram mais pormenores sobre as negociações para uma consensualização dos acordos em falta que, segundo disse à Lusa o presidente do Parlamento, Aristides Lima, deverão estar concluídos até 15 deste mês, a tempo da sessão especial de Novembro.

"Há, para já, o consenso entre os dois maiores partidos para se sentarem à mesa. Há, também, alguns avanços no consenso em relação às matérias em causa, nomeadamente questões relacionadas com a Justiça, Segurança e Língua Nacional, embora haja ainda caminho a percorrer", sublinhou Aristides Lima em meados de Setembro último.

Para o MpD, em causa estão divergências em diversas matérias em que partido governamental se mostrou "intransigente", nomeadamente na questão da reforma na área da Justiça, que a oposição acusa o PAICV de querer, com as suas propostas, "controlar o poder judicial".

Por seu lado, o PAICV, através de José Manuel Andrade, presidente da entretanto extinta Comissão Eventual de Revisão da Constituição (CERC) desdramatizou as críticas do MpD e mostrou a "disponibilidade" do partido em sentar-se à mesa negocial.

Os trabalhos da Comissão Eventual começaram em Fevereiro último e deveriam terminar 90 dias mais tarde. Porém, e face à falta de consensos, o Parlamento prorrogou por mais três meses o mandato da Comissão, cujos trabalhos foram entretanto suspensos a 25 de Julho, pelas mesmas razões.

Em causa está a necessidade de se obter um consenso sobre diversas matérias como, além da reforma na Justiça, a oficialização da Língua Cabo-verdiana, a extradição de cidadãos nacionais, a adesão ao Tratado de Roma para viabilizar o Tribunal Penal Internacional e as buscas domiciliárias nocturnas.

A reformulação do parecer do Presidente da República para dissolução do Parlamento, a demissão do Governo mediante uma moção de censura e a questão dos impostos e o sistema fiscal são outros dos pontos de discórdia sobre a Revisão Constitucional.



FONTE: http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/africa/2009/9/41/Revisao-Constituicao-retomada-sessao-especial-Parlamento,9f52e5c2-cb3f-4f43-b22c-c1e84af2d8ae.html
Data: 10.10.2009


Postado por Jullie Danielle Do C. Almeida e Kleytionne P. Sousa

Em visita a Brasília, presidente da África do Sul convida Lula para a Copa


O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, convidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assistir a Copa do Mundo de 2010, a primeira a ser realizada no continente africano. “Espero que o presidente nos visite durante a Copa do Mundo e que a final seja entre o Brasil e a África do Sul”, afirmou Zuma, em visita oficial, no Palácio do Itamaraty.

Durante seu discurso, Lula confirmou uma iniciativa de aproximação entre os países. Para ele, o esporte será fundamental para estreitar os laços. “A proximidade [entre os países] aumenta ainda mais com a Copa da 2010 na África do Sul, de 2014, no Brasil, e com a Olimpíada de 2016, no Rio”, disse o presidente brasileiro.

Desde o começo da tarde, os presidentes tiveram uma série de reuniões, com o objetivo de estreitar as relações econômicas nas áreas de comércio e investimento em esportes, além dos setores de obras, turismo, ciência e tecnologia e desenvolvimento tecnológico.

No ano passado, o comércio entre os países movimentou US$ 2,5 bilhões, sendo US$ 1,7 bilhão em exportações e US$ 773 milhões, em importações.

“Essa visita fortalece os vínculos entre os dois países. Há muito que a África poderá aprender com o Brasil, em desafios que já foram superados”, afirmou Jacob Zuma.





Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1336104-5601,00-EM+VISITA+A+BRASILIA+PRESIDENTE+DA+AFRICA+DO+SUL+CONVIDA+LULA+PARA+A+COPA.html



Postado por Carolina Tebaldi e Jerlaine Santos




sexta-feira, 9 de outubro de 2009

África do Sul quer ampliar negócios com o Brasil, diz Zuma

sexta-feira, 9 de outubro de 2009
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, afirmou nesta quinta-feira (8) que seu país quer ampliar a cooperação econômica com o Brasil.

Zuma veio ao Brasil acompanhado de uma delegação comercial de 45 empresas nos setores de energia, tecnologia da informação, mineração, finanças, infra-estrutura e farmacêutico. Nesta quinta-feira o presidente esteve em São Paulo e logo se dirigiu a Brasília.O presidente sul-africano disse que, depois de muitas décadas de isolamento durante o regime do apartheid, seu país finalmente está envolto na economia global e buscando novas oportunidades. Segundo ele, desde a volta à democracia o país não atingia uma estabilidade macroeconômica tão grande.

Zuma disse que as exportações da África do Sul para o Brasil têm aumentado nos últimos seis anos e que em 2008 o comércio bilateral entre os dois países chegou a US$ 2,52 bilhões de dólares - o que significa um aumento de 10% do ano anterior.

O ex-ministro Luiz Fernando Furlan estava presente no encontro com empresariado brasileiro e sul-africano desta quinta, que recepcionou Zuma, e disse que o Brasil e a África do Sul são países parecidos e que enfrentam desafios similares. "Nós podemos aprender com a experiência da África do Sul e vocês com a nossa."

Zuma foi eleito em maio passado. Apesar de ter enfrentado denúncias de estupro e corrupção, ele foi apoiado pelo ex-presidente Nelson Mandela e teve boa margem de votos no país.


fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/

AIDS: AMEAÇA NA ÁFRICA

Os altos níveis de pobreza, aliada à falta de informação produziu um grande flagelo na África: a AIDS. De cada três pessoas infectadas no planeta pelo vírus da AIDS, duas vivem na África. A cada minuto, oito novos doentes surgem no continente. Países como Zimbábue convivem com índices de contaminação de 25% da população.

Na África do Sul, os níveis de estupro são elevadíssimos e, via de regra, estão atrelados aos índices do HIV. Em algumas regiões, cultivam-se a superstição de que o infectado pelo vírus da AIDS pode se curar tendo relação com uma virgem (total engano...não sabem que, com isso, estão infectando ainda mais pessoas!).

O HIV se alastra livre e solto pelo continente, sem que os governos tomem medidas preventivas eficazes. Com exceção de Uganda, praticamente não há campanhas de prevenção, faltam testes para verificar se a pessoa está infectada pelo vírus da AIDS e não há medicamentos para tratar os doentes.

Muitos africanos ignoram as causas da AIDS, associando à pobreza, castigo ou bruxaria. Esses mitos prejudicam, ainda mais, a instrução acerca da doença.´

É preciso, portanto, uma mobilização da sociedade internacionais e de oganizações internacionais, no sentido de auxiliar a população africana, assolada pela doença e desolada pelo descaso.

*Postado por Dejanira Góis e Mariana Almeida

Diamantes da África

Há cerca de 130 anos, o diamante era bastante raro. Em 1866, os filhos de um fazendeiro na África do Sul encontraram uma pedra tão reluzente que chegava a soltar faíscas, e brincaram com ela, guardando-a entre seus brinquedos. Quando a mãe percebeu a pedra brilhante, deu-a a um vizinho, que a vendeu para um ambulante por alguns trocados. Aquela pedra era um diamante que depois foi classificado como pesando mais de 21 quilates.
Em seguida, foram encontrados mais diamantes na mesma área. Em 1869, um pastor vendeu um diamante com mais de 83 quilates pelo preço de 500 ovelhas, dez vacas e um cavalo. A notícia do achado destes tesouros espalhou-se. Logo havia milhares de "caçadores de tesouro" perto do Rio Vaal na África do Sul, onde os diamantes foram encontrados.
Hoje em dia, 5 toneladas de diamantes são extraídas anualmente, e a maior parte vai para fins industriais, não para joalherias. O diamante pelo seu grau de dureza é usado para diversos propósitos: cortar ferro e aço, serrar pedras, polir, moer e raspar diversos tipos de instrumentos, etc.
As minas de diamantes da África do Sul produzem a maioria dos diamantes. O Congo Belga (atual República do Congo, na África Central) tem a maior quantidade de diamantes industriais. Em 1957, 13 milhões de quilates foram extraídos, porém 95% deles eram da qualidade industrial, mais barata, que é moída até virar pó para fins de polimento. A África como um todo produz 97% de toda a produção mundial de diamantes. A produção mundial supera os 23 milhões de quilates por ano. Tanganica, Gana, África Ocidental Francesa e outras partes do Continente Negro também produzem boa quantidade de diamantes, mas todos são vendidos através da empresa De Beer.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Hillary pressiona por renúncia de líderes da Guiné

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse na terça-feira que os líderes militares da Guiné devem renunciar, depois que soldados mataram 150 pessoas em uma manifestação e estupraram mulheres.

"Ficamos perplexos e ultrajados com a recente violência na Guiné," disse Hillary em entrevista coletiva ao lado do chanceler paquistanês. "A matança e os estupros indiscriminados (...) por parte de tropas do governo foram uma violação vil dos direitos do povo do país," acrescentou.
As tropas subordinadas ao presidente militar Moussa Dadis Camara abriram fogo contra os manifestantes em um estádio da capital Conakry em 28 de setembro. Uma entidade local de direitos humanos disse que 157 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Há relatos de que muitas mulheres foram estupradas por militares.

Camara tomou o poder na Guiné, maior exportador mundial de bauxita, depois de um golpe em dezembro, e irritou seus adversários ao se recusar a esclarecer se disputará as eleições presidenciais marcadas para janeiro.

A União Africana deu a Camara um prazo até meados de outubro para confirmar que não participará das eleições de 31 de janeiro, ameaçando impor sanções se ele não respeitar o prazo.
Hillary disse que diplomatas dos EUA falaram com os líderes da Guiné "nos termos mais fortes possíveis." O Departamento de Estado disse que as autoridades norte-americanas manifestaram "profundo ultraje" e "condenaram o massacre e as flagrantes violações dos direitos humanos."
Hillary se disse particularmente chocada com a violência contra as mulheres.

"Em plena luz do dia e em um estádio, foi um ato criminoso no seu mais alto grau," afirmou ela. "Quem cometeu tais atos não deveria ter qualquer razão para esperar que irá escapar da justiça."
Notícia publicada em 06/10/2009.
Postada por Alina Fialho e Jamille Giffoni

domingo, 4 de outubro de 2009

Papa critica materialismo e 'colonialismo'

domingo, 4 de outubro de 2009
Bento XVI abriu encontro de bispos da África em Roma.
O papa Bento XVI afirmou neste domingo (4) que uma forma de "colonialismo político" continua a comprometer o futuro da África.
Na abertura de um sínodo para bispos africanos, o líder da Igreja Católica elogiou o legado espiritual e cultural do continente, que classificou de "pulmão espiritual".
No entanto, nas palavras do pontífice, a África estaria sendo afetada por um "produto de exportação do chamado Primeiro Mundo, o lixo tóxico espiritual" do materialismo.
"Neste contexto, o colonialismo político nunca acabou", disse o papa.
Ele acrescentou que a África também vem sendo vítima de fundamentalistas religiosos, que se apresentam na forma de grupos que dizem "atuar em nome de Deus", mas "ensinam intolerância e violência".
O papa afirmou que pretende participar de quantas sessões de trabalho do sínodo for possível, diante dos outros compromissos dele.

Popularização na África
Quase 200 bispos de 53 países africanos estão reunidos em Roma para discutir de que forma a Igreja pode ajudar a combater as desigualdades sociais e as guerras do continente.
Em seu discurso, o pontífice católico disse ainda que a África necessita "urgentemente" de evangelização, embora a religião católica esteja crescendo mais rapidamente no continente do que em qualquer outro lugar domundo.
Nos últimos 30 anos, o número de fieis africanos praticamente triplicou, chegando a 150 milhões de pessoas.
O encontro de bispos foi aberto por corais de países como República Democrática do Congo, que se apresentaram em línguas e ritmos raramente ouvidos na Basílica de São Pedro, em Roma.
Este é o segundo sínodo convocado pelo Vaticano para discutir os problemas da África.
O primeiro aconteceu em 1994, quando em Ruanda começava o genocídio, mas segundo analistas, resultou em pouco mais do que palavras.
fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo

Brasil ajudará a África a preservar a natureza, diz Minc

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse, nesta segunda-feira, em Buenos Aires, que o governo brasileiro ajudará a África a preservar a natureza do continente.

O ministro afirmou que o governo brasileiro oferecerá serviços de satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para monitoramento das regiões, além do auxílio no desenvolvimento do etanol e da preservação da água.

"Os países da África que quiserem desenvolver programas de monitoramento, ligados à recuperação do solo (poderão contar com a ajuda)", declarou.

"É uma ecosolidariedade", disse Minc em uma entrevista a jornalistas brasileiros num intervalo da 9ª Conferência sobre Desertificação das Nações Unidas (COP 9) que está acontecendo na capital argentina.

Minc afirmou que esta "solidariedade" faz parte do objetivo de diminuir as emissões de carbono. De acordo com ele, o monitoramento seria o "primeiro passo" para evitar o avanço do desmatamento.

"Depois, nestas regiões, poderão ser desenvolvidos o etanol (cana de açúcar), o babaçu ou dendê para gerar alguma energia e emprego, absorvendo-se carbono", destacou.

Ele disse que a proposta aos países africanos incluiria ainda a adoção de programas de conservação da água.

Segundo o ministro, o Brasil "ficará mais a vontade" para cobrar a melhor atuação dos países ricos na defesa do meio ambiente ao ajudar a África.

De acordo com Minc, a proposta será apresentada nesta terça-feira aos líderes dos diversos países africanos que participam do encontro em Buenos Aires.

Caatinga

Além da oferta de ajuda ao continente africano, o ministro acrescentou que vai propor a maior defesa da região da caatinga brasileira, no Nordeste, com a ampliação dos atuais 7% para 14% da sua área de preservação.

"Quando eu cheguei ao Ministério eu disse que a Amazônia é fundamental. Mas que o Ministério não pode ser samba de uma nota só. Por isso, em novembro, vamos propor o monitoramento para a caatinga e o dobro de sua área de proteção".

Segundo Minc, a caatinga está sendo "desmatada mais rapidamente" do que a Amazônia.

Copenhage

Minc se disse otimista sobre a possibilidade de acordo durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas que será realizada em Copenhague, na Dinamarca.

"Estou moderadamente otimista. Alguns países em desenvolvimento que não admitiam falar em metas, agora já falam no assunto. E o Brasil é um deles e vai apresentar números, vai ter metas e espero que bem ousadas. O que vai nos preparar para cobrar metas mais fortes dos países desenvolvidos", afirmou.

O ministro ressaltou, no entanto, que resta "pouco tempo para se afinar as discussões e se chegar a um acordo" antes da Conferência.

Minc disse acreditar que os líderes acabarão convocando outra reunião, para cerca de seis meses mais tarde.

Segundo o ministro, os ministérios do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores se reunirão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silvano dia 13 de outubro para discutir as propostas que o Brasil levará a Copenhage.


FONTE: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4008498-EI306,00.html
28 de setembro de 2009 • 20h12 • atualizado às 20h18

Postado por Jullie Danielle do C. Almeida e Kleytionne Sousa

A semana sangrenta em Guiné

(Juro que eu sentei na frente do computador disposto a escrever uma história positiva, ou ao menos neutra, sobre a África hoje, mas não teve jeito).

A semana na África foi marcada pela matança em Guiné. É a mesma velha história. Um capitão desconhecido derruba num golpe um regime esclerosado. O novato a princípio é recebido com aplausos por uma população desesperada por mudanças, mas começa em pouco tempo a demonstrar comportamento errático. Promete eleições, depois as cancela, depois a reconfirma, mas desde que possa concorrer. Com fraude e intimidação, atinge seu objetivo.

Mesmo para a previsível história da África, o que aconteceu na Guiné nos últimos dias é chocante. Estamos falando de um país de 10 milhões de habitantes na costa oeste da África, ex-colônia francesa e maior exportador mundial de bauxita (matéria-prima do alumínio).

Metade da população vive abaixo da linha de pobreza. Desde sua independência, em 1958, uma sucessão de péssimos presidentes teve o efeito de uma praga de gafanhotos. Pelos primeiros e longos 26 anos do país, Sekou Touré comandou com mão de ferro a Guiné. De 1984 até o ano passado, o presidente foi Lansana Conte, cuja gestão foi marcada mais pela corrupção do que pela brutalidade (muito embora ele não fosse nenhum Gandhi). Com a morte de Conte depois de uma longa enfermidade em 2008, o jovem capitão Moussa Dadis Camara, de 44 anos, tomou o poder praticamente sem resistência. Desde então, governa (ou desgoverna) o país.

Nessa semana, manifestantes de oposição saíram às ruas para protestar contra a intenção do presidente Camara de disputar (e vencer, na prática) a eleição presidencial marcada para o ano que vem. Se isso ocorrer, ele terá descumprido uma promessa solene que fez ao assumir o poder de entregá-lo pacificamente.

Na última segunda-feira, o exército, leal ao presidente, abriu fogo contra a multidão na capital, Conakry. Morreram 157 pessoas, um massacre como há muito não se via no continente. Essa é a conta dos manifestantes, que ontem fizeram fila em necrotérios da cidade para reconhecer seus companheiros caídos. O governo reconhece que matou 57 pessoas, o que por si só já é uma cifra gigantesca. A lógica aqui é simples: se o próprio Exército reconhece 57 mortos, então o mais provável é que tenham morrido 157 mesmo, como diz a oposição.

A escala do crime é de tal monta que o presidente da Guiné se viu obrigado a admitir que o dia 28 de setembro, o dia do massacre, será “para sempre um símbolo de violência”. Em seguida, dando mais uma demonstração de que seu comportamento é imprevisível e errático, foi às rádios dizer que temia pela sua própria segurança. Ou está de piada e quer se escusar do assassinato em massa que promoveu, ou há realmente algo por trás de seu “medo”. Um golpe dentro do golpe estaria sendo articulado.

Com a palavra, a União Africana. Cenas como as que se observaram em Conakry estão mais para a África da década de 70 do que para o que se espera do continente hoje. O fato é que os últimos dois anos foram de retrocesso democrático, após avanços inegáveis. Exemplos: golpes na Mauritânia e em Madagascar, eleição fraudada na Nigéria, fora a violência no Quênia.

Contra esses abusos, o órgão regional deveria se levantar. Mas após um estranhamento inicial, se cala. Quem o preside é Muhammar Gaddafi, o ditador da Líbia.

Fonte: http://penaafrica.folha.blog.uol.com.br/
Escrito por Fábio Zanini, em 02/10/2009.

Leitura Complementar
http://www.africatodayonline.com/pt/noticia/5212/oposicao-pede-intervencao-de-uma-forca-de-paz/
http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/news/story/2009/09
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guin%C3%A9/090930_concarioppositionlc.shtml
http://www.oje.pt/noticias/africa/guine-bissau-promete-pagar-divida-de-351-milhoes-ao-sector-privado


sábado, 3 de outubro de 2009

Diamante de 507 quilates é encontrado em mina histórica na África do Sul

sábado, 3 de outubro de 2009

Um grande diamante branco de 507 quilates foi descoberto há cinco dias na histórica mina de Cullinan, na África do Sul, mas a companhia Petra Diamonds divulgou a informação apenas nesta terça-feira (29).

De acordo com a empresa, os estudos iniciais assinalam que a gema tem “cor e clareza excepcionais e com muitas possibilidades de ser um diamante de Tipo I”, ou seja, o mais puro o possível. Outros detalhes do diamante, incluindo o grau de cor e clareza, serão divulgados quando as análises apropriadas da pedra forem finalizadas.

O diamante foi descoberto ao lado de outros três também brancos na mesma linha de produção, todos com cor e clareza similares. Dos outros três, o maior tem 168 quilates e os outros dois 58,5 e 53,3 quilates, respectivamente.

A gema de 507 quilates, com peso equivalente a cerca de 100 gramas, ainda não tem nome.Contudo, a empresa afirmou que ela está “entre os 20 maiores diamantes de grande qualidade encontrados no mundo”.

A mina de Cullinan ficou famosa por ser o local da extração do maior diamante do mundo, que tem 3.106 quilates.

 
Núcleo Baobá. Design by Pocket