segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Líderes da UA se dizem determinados a pôr fim em conflitos na África

segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Trípoli, 31 ago (EFE).- Os líderes de Estado e de Governo da União Africana (UA) reunidos hoje em Trípoli, capital administrativa da Líbia, mostraram sua determinação de colocar um fim definitivo aos conflitos e à violência no continente e de atacar "de forma global e sistemática" suas causas.
A declaração foi aprovada na reunião especial dos dirigentes africanos, inaugurada pelo líder líbio, Muammar Kadafi, na posição de presidente em exercício da UA, dedicada exclusivamente aos conflitos internos e às formas para acabar com eles.
Durante a reunião, os participantes mostraram também sua vontade de mobilizar todos os meios necessários e de fornecer as oportunidades para "promover e fazer progredir a agenda de prevenção de conflitos, o restabelecimento e manutenção da paz e a reconstrução após as disputas".
Os líderes de Estado e de Governo da UA se comprometeram a colocar em prática integral a arquitetura continental da paz e da segurança, o mais rápido possível.
Na declaração final, os dirigentes africanos expressaram sua preocupação pelo ressurgimento de medidas anticonstitucionais de Governos, o que constitui "um sério revés no processo de democratização", segundo o documento.
Os líderes denunciaram ainda as ameaças do terrorismo, do tráfico de drogas, do crime organizado e da pirataria.

Fonte://www.g1.globo.com/Noticias/Mundo

domingo, 30 de agosto de 2009

H1N1: África do Sul quer produzir vacina

domingo, 30 de agosto de 2009
A África do Sul quer produzir a própria vacina contra a gripe A.
A África do Sul não tem outra escolha a não ser desenvolver a sua própria vacina para a gripe H1N1, afirmou esta quarta-feira o Ministro da Saúde, Aaron Motsoaledi, acrescentando que o tratamento poderá não estar disponível para os países mais pobres.

"A África do Sul chegou a um ponto onde não temos opção a não ser começar a desenvolver a nossa própria produção da vacina, não apenas para a H1N1, mas de forma geral," declarou Motsoaledi ao Parlamento, citado pela "Reuters".

A África do Sul tem uma indústria crescente de produção de vacinas, mas segundo os especialistas é improvável que o país seja capaz de produzir uma vacina para a gripe A em breve. Mencionando estatísticas da OMS, Motsoaledi realçou ainda que era improvável que as vacinas contra a gripe A fossem desenvolvidas antes de Novembro ou até Abril do ano que vem.

Os últimos números do Instituto Nacional para Doenças Contagiosas da África do Sul, mostram que 15 pessoas morreram devido ao vírus H1N1, com mais de 5 mil casos foram notificados.


Fonte:http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=47777

Mais de 70 ilegais podem ter morrido no Mediterrâneo

Dois dos imigrantes foram hospitalizados em estado grave
Agências humanitárias disseram nesta quinta-feira que cerca de 75 imigrantes ilegais podem ter morrido no Mar Mediterrâneo ao tentar fazer a travessia da África à Europa em um bote.
Cinco sobreviventes, três homens eritreus, uma mulher e uma criança foram resgatados pela Guarda Costeira da Itália à deriva entre Malta e a ilha italiana de Lampedusa.
Eles disseram que deixaram a costa líbia há três semanas, mas esgotaram seus suprimentos de comida, água e combustível.
Os sobreviventes afirmaram ainda que os demais no barco de 12 metros de comprimento morreram após beber salgada e seus corpos foram atirados no mar.
Risco
A guarda costeira italiana não confirmou imediatamente a história contada pelos imigrantes, mas disse que ela tem grandes chances de ser verdadeira, por ser muito similar a várias outras vividas por africanos que tentam chegar à Europa.
Dois dos sobreviventes foram hospitalizados em estado grave.
No início do ano, Itália e Líbia iniciaram patrulhas conjuntas no Mediterrâneo para impedir a chegada de imigrantes da África para a Europa.
Mas os pequenos e precários barcos continuam a chegar a Lampedusa, um dos primeiros pontos de contato de imigrantes vindos da África, onde eles são recolhidos em abrigos antes de serem expulsos.
A Itália recentemente tornou crime punível com cadeia e multa a tentativa ilegal de entrada no país.
Mas o correspondente da BBC em Roma David Willey diz que a mudança na legislação não parece ter diminuído o número de pessoas que arriscam a vida buscando uma nova vida na Europa.

Fonte: BBC Brail noticias

Crise humanitária afeta já metade da população

O número de deslocados que fogem da violência supera agora 1,42 milhões.Crédito: D.R.


A crise humanitária na Somália voltou a agravar-se nos últimos seis meses. Segundo dados da ONU afecta agora metade da população (3,76 milhões de pessoas), incluindo 1,42 milhões de deslocados.

Várias agências da ONU realizaram uma vasta missão de avaliação da situação humanitária do país, supervisionada pela Unidade de Análise Nutricional e de Segurança Alimentar para a Somália (FAO/FSNAU), país em guerra civil desde 1991.

«A crise humanitária na Somália está generalizada e é cada vez mais severa, com metade da população afectada, ou seja, cerca de 3,76 milhões de pessoas necessitam de ajuda», afirma um comunicado da FSNAU.

Quase 75% dos afectados estão concentradas no sul e centro da Somália, regiões mais inacessíveis em consequência dos confrontos entre as forças governamentais e insurrectos islamitas.

O número de deslocados que fogem da violência supera agora 1,42 milhões, o que representa um aumento de 40% em seis meses, segundo a FSNAU.

Sabe-se ainda que uma em cada cinco crianças somalis sofre desnutrição e uma em cada 20 de desnutrição severa.

Fonte: Dário Digital

Autor: África Today/CB

Data: 26 / 08 / 2009

sábado, 29 de agosto de 2009

Back 2 Black: evento internacional celebra a África

sábado, 29 de agosto de 2009

Com a África no centro das atenções e Gilberto Gil com um repertório "melaninado", o festival Back 2 Black começou nesta sexta-feira (dia 28/08), no Rio de Janeiro discutindo a história, os problemas e os desafios do continente.

Na primeira conferência dos três dias de evento, o músico e ativista irlandês Bob Geldof - famoso por organizar os shows beneficentes do Live Aid (1985) e do Live 8 (2005) - e o artista e poeta sul-africano Breyten Breytenbach deram seus pontos de vista, nem sempre coincidentes, sobre as complexidades inerentes à África.

Em um dos pontos em comum entre as opiniões de ambos, Breytenbach e Geldof concordaram que a África não pode ser tratada como uma peça única em detrimento da sua diversidade de países, culturas, religiões e idiomas.

"A África é uma construção complexa desde sempre. Há uma tendência de pensar a África como uma coisa só, mas quem mora, trabalha ou é de lá sabe que não é assim", diz o sul-africano.

Segundo Breytenbach, há alguns pontos em comum dentro da África, como a existência de conflitos armados, a grande quantidade de pessoas que emigram para fora do continente e o flagelo da AIDS, entre outros.

Antes de concluir sua fala, o artista disse que é necessário perguntar "a quem a África pertence de fato, pois é o que define seu relacionamento com o resto do mundo".

Muito mais à vontade do que o contido Breytenbach, como convém a um artista de rock, Bob Geldof logo ficou de pé para expressar seus pontos de vista. Logo de cara, disse estar cansado de falar sobre os problemas da África, continente que visita há 26 anos.

Para o idealizador do Live Aid e do Live 8, muita coisa mudou de lá até aqui, e para melhor. "Os africanos estão tentando formar seus próprios países, e isso não é fácil", afirmou.

Geldof ressaltou o desrespeito às culturas africanas nos processos de colonização e disse que o Ocidente impôs à África uma política e uma economia que não funcionam no continente.

Segundo o irlandês, os africanos desenvolveram uma cultura de coletividade, na qual o indivíduo - elemento primordial das civilizações ocidentais - não sobrevive, e até por isso a África "vai se desenvolver de formas que sequer imaginamos", afirmou.

Depois de abrirem espaço a perguntas do público, Geldof, Breytenbach e Agualusa concluíram suas respectivas participações no Back 2 Black ao falarem sobre a falta de integração dentro da própria África e defenderam a criação de mecanismos que ajudem a combater esse problema.

Na parte musical da noite, Gilberto Gil subiu ao palco em um show que, mesmo em formato acústico, animou muito o público. Acompanhado dos filhos Bem e José, o ex-ministro da Cultura lançou mão de um repertório, em suas palavras, "melaninado, pigmentado", repleto de músicas sobre a raça e a cultura negras. A cantora beninense Angélique Kidjo, que se apresenta no último dia do festival, estava presente e aproveitou para dar uma "canja".

O primeiro dia do festival Back 2 Black chegou ao fim com um show eletrizante do cantor senegalês Youssou N'Dour, um dos artistas africanos mais famosos no mundo e conhecido também por suas participações em eventos culturais em defesa da África, incluindo o Live 8, em 2005. Destaque para a participação de Marisa Monte, que subiu ao palco para um dueto em "7 Seconds", hit dos anos 90 na voz de N'Dour e Neneh Cherry. Angélique Kidjo não deixou por menos e deu mais uma amostra de seu talento, desta vez ao lado do músico do Senegal.

O evento continua neste sábado com shows de Ed Motta com a banda Black Rio em um tributo a Tim Maia e de MV Bill. O rapper também participa da conferência que abre a noite, junto com Youssou N'Dour e os cineastas Kátia Lund ("Cidade de Deus") e Gavin Hood ("X-Men Origens: Wolverine), sobre cultura e desenvolvimento.



Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2009/08/29/ult1817u10558.jhtm

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Apartheid: segregação racial na África do Sul

quinta-feira, 27 de agosto de 2009
O termo apartheid designa "separação". Trata-se de um dos regimes discriminatórios mais cruéis do mundo, vigorando, na África do Sul, de 1948 à 1990, estando, durante todo esse tempo vinculado à Política do país. A Constituição anterior, inclusive, incluía dispositivos claramente racistas. O apartheid não pode ser compreendido como um regime que atingiu o aspecto racial, uma vez que alcançou esferas políticas e sócio-econômicas.
Em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, os europeus chegaram à região da África do Sul. Nos anos seguintes, a região foi povoada por holandeses, franceses, ingleses e alemães. Os descendentes dessa minoria branca começaram a criar leis, no começo do século XX, que garantiam o seu poder sobre a população negra. Essa política de segregação racial, o apartheid, ganhou força e foi oficializada em 1948, quando o Partido Nacional, dos brancos, assumiu o poder.
O apartheid atingia a habitação, o emprego, a educação e os serviços públicos, pois os negros não podiam ser proprietários de terras, não tinham direito de participação na política e eram obrigados a viver em zonas residenciais separadas das dos brancos. Os casamentos e relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram ilegais. Os negros geralmente trabalhavam nas minas, comandados por capatazes brancos e viviam em guetos miseráveis e superpovoados.


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Registradas 180 violações da fronteira entre Angola/Namíbia

quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Cento e oitenta violações da fronteira entre Angola e Republica da Namíbia foram registradas durante o primeiro semestre do ano em curso pelos efetivos da Polícia de Guarda de Fronteira a nível da província do Cunene, informou o comandante da unidade Américo Roberto.
O oficial, que falava durante o ato alusivo ao 31 aniversário da corporação, afirmou que as violações foram registradas durante as atividades de enfrentamento das forças em diversos postos fronteiriços da província, com maior destaque para os marcos 12 a 19,5.
Entretanto, frisou que por tentativa de violação a corporação deteve o total de 410 cidadãos, dos quais 318 foram angolanos e 92 estrangeiros, sendo 27 da Guiné-Cronacry, 14 namibianos, 7 quenianos, 6 moçambicanos, 5 zimbabueanos, 4 da República Democrático do Congo, 2 zambianos e os restantes foram da Somália, Camarões, Irlanda, Burquin-faso e Iraque.
Segundo informou, a travessia ilegal junto à fronteira Angola/Namíbia caracterizou-se na passagem de gado bovino roubado em território namibiano, fuga ao fisco de mercadorias diversas por cidadãos nacionais e a entrada ilegal em solo angolano de estrangeiros com realce para o Oeste Africano.
Américo Roberto realcou que a unidade se pauta pela proteção das fronteiras nacionais de modo a garantir a estabilidade e a inviolabilidade dos espaços fronteiriços terrestre e fluviais do Estado angolano.
Fonte-ANGOP-Agencia AngolaPress
26 de agosto de 2009

Programa de Sensibilização Ambiental vai atingir 15% da população angolana


O Governo de Angola está promovendo o Programa de Educação e Consciencialização Ambiental (PECA) para que 15% da população angolana (atualmente calculada em 14 milhões de habitantes) seja sensibilizada em matéria ambiental até 2012.

Segundo o Vice-Ministro da Educação, o Executivo angolano tem desenvolvido um amplo programa virado à educação para a cidadania, onde a questão de educação ambiental e para a sustentabilidade da sociedade têm atenção especial.

Acrescentou que as ações de vários grupos da sociedade civil e setor privado, em campanhas de Educação para cidadania, com ênfase para o ambiente, espelham os avanços deste processo.
Com esta ação de formação, indicou, começa-se o processo de preparação nacional das conferências nas escolas, onde serão eleitos os delegados à conferência internacional, a realizar-se de 05 a 10 Junho de 2010, no BRASIL, sob o lema "Vamos Cuidar do Planeta".

O projeto vincula todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e surge no cumprimento de uma determinação da Plataforma de Cooperação desta Comunidade, na área do ambiente, e da Carta de Brasília, assinada em Maio de 2006, pelos ministros do Ambiente.

De acordo ainda com o vice-ministro da Educação, tanto a Plataforma de Cooperação, como a Carta de Brasília, reconhecem a necessidade de cooperação para a superação dos desafios crescentes, estabelecendo temáticas prioritárias, como a Biodiversidade, o combate à desertificação e a mitigação dos efeitos da seca, o eco-turismo e a educação ambiental.

A gestão ambiental marinha e costeira, a gestão de resíduos, gestão integrada de recursos Hídricos e as alterações climáticas energias renováveis fazem igualmente parte das prioridades deste projeto que foi idealizado por iniciativa do Governo brasileiro, em parceria com Angola e Cabo Verde.

Texto-Base disponível em

http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/ambiente/2009/7/35/Programa-Sensibilizacao-Ambiental-vai-atingir-porcento-populacao,4a7109a8-56ab-475f-b5b1-ff4888708cb5.html


domingo, 23 de agosto de 2009

Prostituição pode ser legalizada na África do Sul

domingo, 23 de agosto de 2009





A África do Sul quer legalizar a prostituição. A atividade já é legal em vários países. Na África, porém, a preocupação é resolver o problema antes da Copa do Mundo. O assunto é polêmico. Na África, sofre resistência.
Não é fácil ter a frieza necessária para tratar de tal tema. Convicções religiosas se misturam com a necessidade de proteger o ser humano.
Legalizar a prostituição é garantir que a atividade se torne reconhecida perante as leis. Ou seja, quem vive da prostituição poderia tirar férias, receber 13o salário, ter seguro-desemprego etc. Também permitiria a fiscalização, o controle governamental, principalmente durante uma Copa do Mundo.
Os africanos, diferentimente dos alemães em 2006, seguem outro caminho. Os germânicos apostaram na prostituição legalizada para atrair renda dos turistas. A ideia dos sul-africanos é fazer com que a Copa do Mundo ajude a atenuar problemas sociais, como a prostituição infantil, o tráfico de mulheres, a corrupção e o crime organizado.
Além disso, há uma forte preocupação com o controle da AIDS, uma vez que, segundo a Organização Mundial de Saúde, o país é o recordista em casos da doença.
Até agora, nenhum dos principais partidos do país se posicionou claramente a favor da questão. A Aliança Democrática e o Partido da Liberdade Inkhata condenaram a legalização em outras oportunidades.

Mutilação Genital Feminina


A Mutilação Genital Feminina - MGF é uma espécie de ritual representativo da passagem para a vida adulta de uma menina/mulher, sendo prática muito comum na África durante séculos. A prática da MGF pode ser realizada utilizando-se ferramentas básicas, como tesouras, facas, pedaços de vidro ou navalhas, para a extirpação/mutilação do órgão genital feminino, enquanto a vítima é imobilizada por outras mulheres.
O procedimento é feito de forma artesanal, sem nenhum tratamento anestésico e/ou antisséptico, contando ainda com a reação desesperada da vítima, o que pode ocasionar acidentes cuja gravidade ultrapassem a mutilação.
Estudos estimam que haja mais de 115 milhões de mulheres no mundo que sofreram mutilações genitais: clitoridictomia ou infibulação. Segundo Fatou Sow tais "práticas são comuns em 28 países africanos, com costumes diferentes de uma região para outra. Na África do oeste, é a ablação do clitóris a mais praticada. A infibulação o é em países como a Somália, o Sudão, a Etiópia e o Egito. Mas outros países no mundo têm igualmente estas práticas, como o Iêmen, a Indonésia, a Malásia, e outros, do sub-continente indiano. Isto acontece também em certos países da Europa, da América do Norte e da Austrália, principalmente nas comunidades imigradas destas regiões".
A prática ritualística ofende a integridade física e moral de diversas meninas africanas, sendo vista pela população mundial como violação dos direitos humanos e fundamentais. Quanto a isso não há dúvida. Sabemos que, embora a cultura seja importante para determinada comunidade, sua força não pode por em risco as pessoas, o que seria uma clara e expressiva demostração de crueldade e desrespeito à dignidade da pessoa humana.
Muitas mulheres na África já se insurgiram quanto às MGF's e muitos processos judicias forams instalados contra a prática cruel e sanguinolenta, mas há que se admitir que a pressão para que a justiça seja feito vem de fora.
Não se pode negar a presença marcante de mulheres africanas que levantam a bandeira da dignidade humana e defendem seus corpos e de outras tantas meninas feridas ou prestes a assim serem, mas sendo a África um país de tantas dificuldades, muitas vezes seus gritos de dor e por socorro não são ouvidos.
Além da falta de atenção - por assim dizer -, muitas outras questões estão envolvidas na prática das MGF's.
Sendo a questão de forte teor cultural e até mesmo religioso, os impedimentos impostos à prática das mutilações podem implicar em sérias consequências sociais àquelas que se negam a se submeter à prática, podendo até mesmo serem isoladas por/da sua comunidade.
Acredita-se até mesmo que a prática da excisão do clitóris sirva para purificar o corpo da mulher.
Existem quatro tipos de mutilação genital feminina:
• A - Remoção da parte superior do clitóris, semelhante à circuncisão masculina;
• B - Remoção completa do clitóris e de parte dos pequenos lábios;
• C - Remoção completa do clitóris e dos pequenos e grandes lábios;
• D - Infibulação – Suturar os dois lados da vulva após a remoção do clitóris e dos pequenos e grandes lábios. É deixado um pequeno orifício para a menstruação.
Como dito antes, tais intervenções cirúrgicas não são feitas com precisão, e os efeitos dessa prática denotam profundas marcas físicas e, sobretudo, psicológicas. Muitas mulheres morrem durante ou após o ritual.
A MGF enquanto ato de violência sexual, considerado prática tradicional nefasta, persite na atualidade, mesmo tendo sido rechaçada por um conjunto diversificado de convenções e acordo internacionais e nacionais, onde se destacam:
• Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948);
• Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966);
• Programa de Ação "Convenção para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres" (1979);
• Carta Africana sobre os Direitos Humanos e dos Povos - Carta de Banjul - Organização da Unidade Africana (1981);
• Criação do Comitê inter-africano sobre práticas tradicionais prejudicias para a saúde das mulheres e crianças (1984);
• Programa de Ação de "III Conferência Mundial para a Revisão e Avaliação de Década das Nações Unidas para a Mulher: Igualdade, Desenvolvimento e Paz" (1985);
• Convenção contra a tortura e outras penas ou tratamentos cruéis, desumanos e degradantes (1989);
• Conveção sobre os direitos da Criança (1990);
• Carta Africana de Proteção dos Direitos da Criança (1991);
• Declaração das Nações unidas - Eliminação da Violência sobre as Mulheres (1993);
• Resolução 2001/2035 (INI) do Parlamento Europeu "Mutilações Genitais Femininas" (2001);
• Resolução 2003/28 da Comissão do Direitos Humanos das Nações Unidas que proclama o dia 6 de fevereiro Dia Mundial da Tolerância Zero contra as Mutilações Genitais Femininas (2003);
• Afro-Arab Expert Consultation "Normas Legislativas para a prevenção das Mutilações Genitais Femininas" Declaração Conjunta do Cairo para a Eliminação da MGF (2003);
• Carta de Direitos Humanos e dos povos - sobre os Direitos da Mulher em África - Protocolo Maputo (2005);
• Resolução do Parlamento Europeu sobre a Luta contra as MGF praticadas na UE (2009).
Contudo, apesar das medidas jurídico-legais serem necessárias e existirem, por si só não são suficientes, devendo ser complementadas com campanhas de prevenção, sensibilização, educação e informação dirigidas às populações africanas em seus países de origem, bem como àquelas imigrantes que ainda permanecem marcadas pelo de tabu, pudor e repugnância.




sábado, 22 de agosto de 2009

Acordos: África do Sul e Angola reforçam ligações bilaterais

sábado, 22 de agosto de 2009

O presidente sul-africano, Jacob Zuma, elogiou hoje os esforços do líder angolano, José Eduardo dos Santos, para conseguir o desenvolvimento dos países do sul da África e defendeu o fortalecimento das ligações econômicas bilaterais de Angola e África do Sul.

"Encaramos muitos desafios, mas estou convencido de que, com o papel desempenhado pelo presidente Dos Santos na região, nossos dois países poderão cooperar mais estreitamente para poder avançar", disse Zuma no Parlamento angolano no primeiro dia de sua visita de Estado a Angola.

Esta é a primeira visita oficial ao exterior que Zuma faz desde que tomou posse como presidente da África do Sul, em maio.

O chefe de Estado sul-africano, que é também o presidente temporário da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês), viajou para Angola acompanhado de uma grande comitiva ministerial e empresarial.

Zuma e Dos Santos presidiram conjuntamente a cerimônia na qual as delegações assinaram acordos bilaterais nas áreas das consultas diplomáticas e dos serviços aéreos, assim como memorandos de entendimento sobre comércio, indústria, desenvolvimento comunitário e esportes e recreação.

"Nossos dois países devem insistir no reforço de suas relações bilaterais e coordenar seus esforços em assuntos como as reformas das instituições multilaterais, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas, o G8 (Grupo dos Oito, que reúne as sete nações mais ricas e a Rússia) e órgãos financeiros internacionais", disse Zuma.

No discurso, o presidente sul-africano elogiou o papel de Angola nas iniciativas de paz no centro e sul da África e o apoio das autoridades de Luanda a República Democrática do Congo, Costa do Marfim e São Tomé e Príncipe.

Zuma pediu ainda que os países ocidentais retomem a assistência financeira ao Zimbábue, país mergulhado em uma crise econômica desde o começo do século por causa de uma caótica reforma agrária que quase destruiu totalmente a agricultura nacional.




Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1274361-5602,00-AFRICA+DO+SUL+E+ANGOLA+REFORCAM+LIGACOES+BILATERAIS.html

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

África do Sul: Os primeiros 100 dias da presidência de Jacob Zuma

sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Os sul-africanos assinalam os primeiros 100 dias da presidência de Jacob Zuma com uma reflexão sobre o que ele já conseguiu fazer em pouco mais de três meses no poder.

Zuma assumiu o cargo num período difícil, com o desemprego a crescer no país e, nas últimas semanas, com manifestações em dezenas de bairros pobres.

Jacob Zuma
Zuma deverá ter que enfrentar tempos mais difíceis.

No geral, os sul-africanos respiram de alívio agora que Jacob Zuma está no comando. Acabaram-se as obsessivas intervenções que caracterizaram os tempos da presidência de Thabo Mbeki.

Os ministros agora são nomeados e – até aqui - permitiu-se-lhes que exercessem livremente as suas funções. Mas a oposição não está convencida.

'Presidência cerimonial'

Helen Zille, a líder do maior partido da oposição, a Aliança Democrática, acusa Jacob Zuma de ter transformado o seu cargo numa presidência cerimonial, onde outras pessoas tomam por ele as decisões-chave. Mas Zuma sabe como lidar com questões populistas.

Quando os pobres e os sem-abrigo saíram para as ruas para protestar contra a falta de resultados palpáveis dos quinze anos de governação do ANC, o Presidente Zuma não apenas enviou os seus ministros para investigarem o que se estava a passar; ele próprio fez uma visita inesperada a um bairro pobre.

Isto é o que ele faz como muito poucos - falar com o povo. Mas a nível internacional Zuma também reparou alguns estragos.

A recente visita da Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, foi bem sucedida e as tensões que há anos existiam entre Washington e Pretória sobre uma série de questões de política internacional parecem ter sido dissipadas.

Nos próximos anos o Presidente Jacob Zuma deverá ter que enfrentar tempos mais difíceis. O peso do desemprego e da pobreza da maioria dos sul-africanos é um problema quase insuperável.

Mas tanto na África do Sul como no estrangeiro, os primeiros 100 dias da presidência de Jacob Zuma estão a ser vistos como um sucesso. fnt/BBC

11 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A África e os Grupos Separatistas

quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Os países africanos sofreram um processo de ocupação territorial a partir do século XV até meados do século XX, quando começou uma intensa exploração econômica e domínio político de todo o continente africano por potências européias. Ligada à expansão marítima européia, a primeira fase do colonialismo africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados produtores e consumidores.
Após a II Guerra Mundial (1945) houve o fim dos impérios coloniais e iniciaram as guerras de libertação nacional no continente africano (1952 – 1975). Surgiram, dessa forma, vários Estados africanos, porém com grande instabilidade política interna, principalmente devido aos aspectos étnicos, religiosos, bem como em relação à formação desses Estados.
Tais instabilidades decorriam do fato de que ao Estados recém formados eram compostos, em sua maioria, por povos de diferentes etnias com a respectiva diversidade cultural, tornando tênue o sentimento de nacionalismo nos Estados, ocasionando o surgimento de Estados plurinacionais. Tal fato deu origem a inúmeros conflitos civis no interior desses Estados, ocasionando em alguns deles a sua fragmentação, bem como em certas ocasiões a realização de genocídio, resultando em conflitos que até hoje se perpetuam.
Os conflitos atuais da África são, como vimos, motivados pela combinação de causas variadas, embora predomine, neste ou naquele caso, um determinado componente étnico (Ruanda, Mali, Somália, Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola, Uganda). Isto sem contar os litígios territoriais, muito frequentes na África Ocidental. No meio desses conflitos que atormenta a África neste final de século, estão vários povos e nações que buscam sua autonomia e sua autodeterminação face a poderes centrais autoritários, exercidos muitas vezes por uma etnia majoritária.
Na Somália, oito clãs disputam o poder numa guerra civil que dilacerou completamente o país. Na Libéria, a guerra interna matou mais de 150 mil pessoas e produziu cerca de 700 mil refugiados. Cifra semelhante pode ser verificada na vizinha Serra Leoa. A situação não é muito diferente em países como o Chade ou Sudão. Enfim, são vários e vários conflitos sem perspectivas imediatas de pacificação. Acordos e negociações têm sido tentados, mas sem muito sucesso. Talvez Angola possa se transformar numa exceção, face a mais uma tentativa de paz acordada entre o Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), no governo, e o seu arquirival, a União Total para a Libertação de Angola (UNITA), organização que durante muitos anos recebeu apoio dos EUA e do criminoso regime do appartheid sul-africano.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Gripe A: 6 mortes na África do Sul

quarta-feira, 19 de agosto de 2009


A África do Sul já conta com seis mortes devido à gripe A, informou esta segunda-feira o Ministério da Saúde do país. O porta-voz do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, Fidel Hadebe, explicou em declarações divulgadas hoje pela agência local "Sapa", que, durante o fim da semana, três pessoas morreram confirmadas com a nova gripe.
"As três estavam em grupos de alto risco", disse Hadebe, explicando que as últimas vítimas mortais foi uma mulher de 27 anos, que sofria de diabetes e outra de 23, grávida, além de um homem de 64 anos com diabetes e hipertensão.
A maioria dos doentes, segundo Hadebe, apresentou sintomas leves, entre eles a congestão nasal, febre, dores musculares e tosse. " Em casos mais graves também se apresentam problemas respirátórios, dor no peito, diarréia, vômitos e perda da consciência", assinalou.
As três primeiras vítimas fatais na África do Sul foram dois jovens, de 22 e 15 anos, e um homem de 42 . A África do Sul registra no total 2.844 casos desde junho.



Fonte-TV NET Noticias

19 de agosto de 2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009

África do Sul segue em recessão pelo 3º trimestre consecutivo

terça-feira, 18 de agosto de 2009
A economia sul-africana continua em recessão pelo terceiro trimestre consecutivo, com uma contração de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) entre 1º de abril e 30 de junho deste ano, segundo informações oficiais.
Segundo o Departamento de Estatísticas da África do Sul, a contração do PIB a respeito do trimestre anterior, no qual a economia do país retrocedeu 6,4%, representa um "ajuste sazonal do PIB real aos preços do mercado".
A maior economia da África sofre a recessão mais grave desde o início dos anos 90, e os setores atingidos por esta crise com mais força são a indústria manufatureira, o comércio atacadista e no varejo, a hotelaria, as finanças, os serviços imobiliários, a agricultura e a pesca.
No entanto, seguem com sinal positivo a construção, os serviços governamentais, a mineração e os serviços pessoais.
A recessão mundial afeta as exportações da África do Sul, especialmente de automóveis e determinados metais, como a platina, o que levou à perda de milhares de postos de trabalho no país.
Fonte:http://g1.globo.com/noticias/Mundo

A Somália e os Direitos Fundamentais



A situação na Somália é provavelmente a mais negligenciada e menos noticiada crise no mundo.

Este é o único país do mundo sem governo nos últimos 17 anos. Guerrilheiros continuam controlando partes do Estado. Em 2007, milhares de civis foram mortos ou feridos em Mogadíscio. Na Somália não há leis. Não há uma Constituição escrita defensora de direitos fundamentais e isso abre espaço para o crescimento do extremismo religioso, que é o grande responsável pela perseguição aos cristãos somalis. Há uma Carta de direitos do governo de transição, mas ela não possui restrições ou proteções à liberdade religiosa. Duas regiões no país - Somalilândia e Puntlândia - adotaram o islamismo como a religião oficial. Em ambas as regiões, os muçulmanos não podem abandonar o islamismo, sob pena de morte.

Em 2006, seis pessoas foram fuziladas por abandonarem a fé muçulmana e confessarem publicamente o cristianismo. Em 13 de abril de 2008, quatro professores cristãos, dois deles ex-muçulmanos, foram mortos por militantes islâmicos na cidade de Beledweyne.Extremistas têm acusado organizações cristãs de ajuda humanitária de aproveitarem o caos no país para divulgar o evangelho. Tais acusações acabam atraindo a atenção da mídia e levando a ataques públicos contra os cristãos por parte dos jornais locais. Além disso, os partidos políticos muçulmanos têm publicado relatórios que detalham os programas evangelísticos e advertem severamente o povo somali a manter distância de tais atividades.
Textos-bases disponiveis em:

União Africana


A União Africana (UA) fundada em
2002 é a organização que sucedeu a Organização da Unidade Africana. Baseada no modelo da União Europeia, ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento em África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por meio do programa NEPAD (New Partnership for Africa's Development - Nova Parceria para o Desenvolvimento da África). Sendo seu primeiro presidente, o presidente sul-africano Thabo Mbeki.
A União Africana possui 53 membros, abarcando quase todo o continente africano.
Marrocos optou não participar porque Saara Ocidental foi aceito como membro. O Mauritânia foi suspenso depois do golpe de estado de 2008.
Tal como a sua antecessora, a Organização da Unidade Africana, a UA promove a integração regional como forma de desenvolvimento econômico. O objetivo final é a completa integração das economias de todos os países da
África, numa Comunidade Econômica Africana.
Neste momento, funcionam as seguintes organizações de integração regional:
· A
Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental,
· A
Comunidade Econômica dos Países da África Central,
· A
Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral,
· O
Mercado Comum da África Oriental e Austral e
· A
União Árabe do Magrebe.
Como cada bloco é autônomo, uma crise inicial em um pilar não afetará diretamente os outros que sustentam o programa de integração continental.
Em 1º de julho de 2009 o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma reunião da União Africana. Lula é o primeiro presidente latino-americano a participar da cúpula da UA. A reunião teve sua inauguração em Sirte, norte da Líbia.

"O futuro do Brasil liga-se com o da África (...) juntos podemos desenvolver melhor nossas economias." Presidente Lula

domingo, 16 de agosto de 2009

Banco Mundial: Angola fora da recessão global

domingo, 16 de agosto de 2009
Angola está fora de um cenário de recessão económica, na perspectiva do Banco Mundial. Àquela instituição financeira mundial acaba de rever em alta as previsões para o crescimento económico do país.


OJE/Lusa

A melhoria das perspectivas para a produção petrolífera angolana em 2009 levou o Banco Mundial a rever em alta as previsões para o crescimento económico do país, afastando o cenário de recessão.
"Revi [a previsão de crescimento económico angolano em 2009], saindo do negativo para um crescimento flat, de 0%", diz Ricardo Gazel, economista-chefe do Banco Mundial para Angola.
O economista brasileiro afirma que o crescimento angolano poderá até ser positivo, se o sector petrolífero crescer mais de 10%. "Neste momento acho que um crescimento à volta de 9% é mais indicativo, dadas as condições de política macroeconómica e da economia global. Já estou a assumir um crescimento do sector não-petrolífero bastante forte para um ano em que os mercados internacionais e a economia global estão em recessão e o Governo tem adoptado medidas bastante restritivas, quer na parte fiscal quer monetária", sublinha.
A anterior previsão do Banco Mundial (quebra de 1,9% no PIB) sustentava-se numa redução de 13% na produção petrolífera e cenário de quebra de preços. Mas entretanto o preço do petróleo subiu e a produção de petróleo angolana inscrita no Orçamento de Estado revisto, 1,8 milhões de barris diários, está apenas 6,5% abaixo da registada no ano passado.
Apesar da quebra, afirma Gazel, o valor previsto para a produção está "acima do que seria se todos os cortes acordados com a OPEP fossem implementados. Mas a verdade é que nenhum país está a implementar a 100%" os cortes do cartel, sublinha.
A recuperação do sector petrolífero angolano levou também o Banco BPI a rever em alta previsões para o PIB angolano em 2009, para -2,0%, enquanto o Governo angolano espera um crescimento de 6,1%.
No segundo trimestre de 2009 o preço internacional do petróleo inverteu a tendência de queda, e Angola conseguiu manter níveis de exploração petrolífera próximos de 1,7 milhões de barris diários, acima da quota fixada pela OPEP.
Segundo dados do Ministério das Finanças angolano, em Janeiro o preço do petróleo angolano rondava os 39 dólares, tendo subido para 55,9 dólares em Maio.
Em Fevereiro o BPI previa uma quebra no PIB na ordem dos 5% em 2009, com o sector petrolífero a recuar 14% e o não-petrolífero a subir ligeiros 4%.
As estimativas baseiam-se numa produção petrolífera de 1,75 milhões de barris diários, a um preço médio de 48 dólares por barril (era de 40 dólares em Fevereiro).
No seu último relatório, divulgado há poucas semanas, o BPI prevê uma recuperação do PIB para 2010, com um crescimento na ordem dos 6,0%.
No ano passado Angola registou dos mais elevados ritmos de crescimento económico do mundo - 15%, aproximadamente, graças aos preços-recorde do petróleo acima dos 140 dólares e a um nível de produção próximo dos 2 milhões de barris diários.
O Governo angolano também já reviu as suas projecções. Na base do Orçamento de Estado revisto para este ano a previsão de crescimento económico foi cortada de 11,8 para 6,1%, ainda assim a única positiva em cima da mesa.
Noutras previsões mais antigas a OCDE apontava para uma recessão em 2009 de 7,2%, o FMI -3,6% e a Economist Intelligence Unit (Abril) -2,3%.

A melhoria das perspectivas para a produção petrolífera angolana em 2009 ajudou a pôr de lado a possibilidade de crise económica em Angola. "Revi a previsão de crescimento económico angolano em 2009, saindo do negativo para um crescimento “flat”, de zero por cento", disse à Lusa o economista-chefe do Banco Mundial para Angola.

O economista brasileiro afirma que o crescimento angolano poderá até ser positivo, se o sector petrolífero crescer mais de 10 por cento.



Fonte: Lusa
14 de agosto de 2009

Poema - AFRICA


Tambor está velho de gritar
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
corpo e alma só tambor só tambor gritando na noite quente dos trópicos.

Nem flor nascida no mato do desespero
Nem rio correndo para o mar do desespero
Nem zagaia temperada no lume vivo do desespero
Nem mesmo poesia forjada na dor rubra do desespero.

Nem nada!

Só tambor velho de gritar na lua cheia da minha terra
Só tambor de pele curtida ao sol da minha terra
Só tambor cavado nos troncos duros da minha terra.

Eu
Só tambor rebentando o silêncio amargo da Mafalala
Só tambor velho de sentar no batuque da minha terra
Só tambor perdido na escuridão da noite perdida.

Oh velho Deus dos homens
eu quero ser tambor
e nem rio
e nem flor
e nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia. Só tambor ecoando como a canção da força e da vida
Só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!

Poema de José Craveirinha - poeta Moçambicano falecido em 2003

Charges





Charges por Diego Novaes

Pesquisadores americanos desenvolvem camisinha feminina em gel

A primeira versão do produto, finalizada em 2006, enfrentou problemas em testes na ÁFRICA.

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma "camisinha molecular" para mulheres em forma de gel para proteger contra a infecção pelo vírus HIV, causador da Aids.

Segundo os cientistas que participam do projeto, a camisinha em gel seria aplicada na vagina antes da relação sexual.

Ao entrar em contato com o esperma, o gel liberaria uma substância anti-viral que atacaria o HIV e formaria uma rede que impediria a passagem do vírus.

Em um estudo publicado na revista científica Advanced Functional Materials, os cientistas testaram o material em células vaginais humanas e comprovaram que ele bloqueia a passagem das partículas de HIV.

A equipe de pesquisadores vem trabalhando no desenvolvimento da camisinha feminina em gel há vários anos.

Segundo Patrick Kiser, que coordena a pesquisa, o gel seria particularmente útil para os países africanos, onde o uso de preservativos tradicionais é relativamente baixo.

Primeira versão

A equipe de pesquisadores havia desenvolvido em 2006 uma primeira versão do gel, que se transformava em uma capa gelatinosa ao entrar em contato com a pele e voltava ao estado líquido ao entrar em contato com o sêmen.

Porém o maior problema que encontraram para essa primeira versão era que na África, continente onde estão os países com os maiores índices de contaminação pelo HIV, as altas temperaturas impediam que o gel voltasse ao estado líquido.

Para corrigir isso, o que eles fizeram foi gerar um processo exatamente oposto: por meio de mudanças na composição química relacionadas ao PH (o índice de acidez ou alcalinidade) do esperma, o novo gel fica mais sólido em vez de mais líquido.

"Nossa pesquisa não põe ênfase no remédio, mas sim no veículo usado para transportá-lo", afirma Kiser.

A equipe de cientistas estima que ainda serão necessários vários anos de testes para que o produto possa estar disponível para uso generalizado.

Tendência

O projeto da Universidade de Utah faz parte de uma tendência internacional de investigar e desenvolver sistemas de liberação de substâncias microbicidas como géis, anéis, esponjas e cremes para prevenir infecções pelo vírus da Aids ou por outras doenças sexualmente transmissíveis.

Esses sistemas são vistos como uma forma de que as mulheres tenham um maior poder de se proteger a si mesmas do HIV, particularmente em regiões onde o índice de contaminação seja alto, onde haja um grande número de estupros, onde os preservativos tradicionais sejam um tabu ou não estejam disponíveis ou onde os homens sejam reticentes a usá-los.


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1268190-5603,00.html

sábado, 15 de agosto de 2009

População mundial chegará a 7 bilhões. África tem 1 bilhão.

sábado, 15 de agosto de 2009
A população mundial está a caminho de chegar a 7 bilhões em 2011, apenas 12 anos depois de atingir 6 bilhões, informa boletim divulgado nesta quarta-feira, 12 de agosto, pela organização americana Population Reference Bureau (PRB), que produz relatórios sobre a população mundial desde os anos 40.
Segundo o boletim da PRB, virtualmente todo o crescimento ocorre nos países em desenvolvimento. Segundo o presidente do PRB, Bill Butz, esta será a segunda vez em que a população humana cresce em 1 bilhão em apenas 12 anos - a ocorrência anterior foi a do salto de 5 para 6 bilhões. "Ambos os eventos são sem precedentes", diz ele, em nota.
A projeção de crescimento populacional nos países em desenvolvimento presume que a fertilidade nessas nações cairá ao mesmo nível da dos países ricos, por volta de duas crianças por mulher. Atualmente, a maior taxa de fertilidade é a do Níger, na África, com 7,4 crianças por mulher. A menor é a de Taiwan, 1,0 criança por mulher.
O boletim informa ainda que a população da áfrica já superou 1 bilhão de pessoas; que cerca de metade da humanidade vive na pobreza, definida como uma renda de menos de US$ 2 (R$ 3,70) ao dia. Além disso, revela que a taxa de fertilidade das adolescentes nos Estados Unidos é o dobro dos demais países ricos.
Fonte: O Estadão

Um pouco da cultura africana


A cultura africana é caracterizada pela diversidade. O continente é impregnado por valores sociais diversos que variam desde o patriarcalismo até o matriarcalismo extremo. Não é preciso ir longe, pois, em tribos vizinhas, podem ser encontradas práticas totalmente distinta.
Os africanos guardam a moral como valor maior, equiparando-a com a religião. Acreditam, também, que devem respeitar a natureza, a vida e os outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, doenças, pestes, morte, etc. Os rituais são repassados de geração para geração.
Muito da cultura africana sofreu supressão dos regimes coloniais. Entretanto, não se pode negar a sua influência coniderável em outros países, exemplo do Brasil, que acolheu valores, culinária, religião, dentre outros aspectos.
A cultura africana tem uma rica tradição artística representada por uma variedade de entalhos em madeira, trabalhos em bronze e couro. As artes africanas incluem esculturas, pinturas, cerâmica, máscaras cerimoniais e vestimentas religiosas. A cultura africana sempre deu ênfase na aparência das pessoas, e as jóias, colares, braceletes e anéis permaneceram como um acessório pessoal importante. De maneira similar, máscaras são feitas com desenhos elaborados e constituem parte importante da cultura africana, sendo utilizada em diversas cerimônias e rituais.
A cultura musical africana tem grande importância mundial. Ritmos originários da África subsaariana, em particular no Oeste da África, foram transmitidos através do tráfego de escravos pelo Atlântico e resultaram em estilos musicais como o samba, blues, jazz, reggae, rap, e rock'n roll.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Copa do mundo na África

sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Pela primeira vez, um país do continente africano sediará a copa do mundo de futebol. Tal evento acontecerá no ano próximo de 2010 e ocorrerá na África do Sul, país escolhido entre os outros presselecionados, quais sejam, Marrocos, Egito e Líbia e Tunísia (binacional, como em 2002).
Para receber os visitantes no maior evento futebolístico do mundo, a Africa do Sul construiu cinco novos estádios de futebol em preparação para a Copa do Mundo FIFA de 2010.
Uma delegação da FIFA completou uma primeira visita à África do Sul depois que o país foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2010. Os dirigentes disseram em seguida que vários aspectos técnicos e legais foram debatidos antes de os membros da FIFA deixarem o país.
Há especulações de que, acaso a África do Sul não termine as obras necessárias ao sediamento da Copa, é possível que o evento mude sua sede, que será transferida para Alemanha que já possui todo o aparato necessário para possibilitar os jogos, utilizando-se da estrutura da Copa do Mundo de 2006. Ainda há a possibilidade da Copa ser transferida para a Espanha ou Austrália.
Entretanto, é possível que esses países não sediem a copa, tendo em vista o grande investimento que deve ser feito, e aqueles não estejam preparados para o evento de grandíssimo porte que se aproxima.
Em 22 de setembro de 2008, foi apresentado o mascote oficial da Copa: o leopardo Zakumi. O nome vem dos termos “ZA” (abreviação de África do Sul) e “Kumi” (”dez”, o ano da Copa).

zakumi-leopardo

Em 08 de junho de 2009, foi iniciada uma greve por mais de 70 mil trabalhadores da construção civil da África do Sul, paralisando as obras de infraestrutura e até dos estádios para a Copa do Mundo de 2010. A União Nacional dos Mineradores, que também representa os operários, exige um reajuste salarial entre 13% e 15% para retomar as atividades - a oferta das empreiteiras foi de 10,4% de aumento. Em frente ao estádio Soccer City, em Joanesburgo, palco da abertura e do encerramento do Mundial, centenas de operários marcharam com pedaços de pau nas mãos.

Rafael Pirrho/GLOBOESPORTE.COM

"É importante dizer que a constituição da África do Sul permite que qualquer cidadão faça greve na luta por seus direitos. Então é algo que não podemos impedir. Mas nós e a Fifa sabemos que isso não vai afetar o cumprimento de nossos prazos. Vamos entregar todos os estádios com seis meses de antecedência", garantiu o chefe do Comitê Organizador Irvin Khoza. Foi o que informou o correspondente da África do Sul Rafael Pirrho.

À semelhança de nosso país, a África do Sul possibilita o direito de greve aos seus trabalhadores, como uma tentativa de reivindicar por seus direitos.

Passada a greve ainda é necessário concluir a construção de mais 5 estádios na África do Sul para sediar a copa, mas o diretor-executivo do Comitê Organizador da Copa do Mundo da África do Sul, Danny Jordaan, assegurou nesta segunda-feira (10/08/2009), em El Salvador, que o país terá pronta em dezembro toda a infraestrutura necessária para receber a competição em 2010.

O lado rico da África


Não é só pobreza, meus caros! A África, conforme dissemos, é um país de contrastes. Oscila entre uma pobreza extrema (“extremíssima”) e uma riqueza que surpreende os olhos. Símbolo dessa imponência é a cidade de Johannesburgo, cujo nome tem origem em seu fundador, o holandês Johannes. Colonizada por holandeses e ingleses, a cidade cresceu com a exploração de ouro e diamante.
Hoje, a cidade possui um infra-estrutura invejável e abrigará a Copa do Mundo de 2010. Além disso, é marcada por inúmeros edifícios, um deles possui cinqüenta andares.
Não é uma cidade perfeita, pois os índices de violência são consideravelmente altos, mas existem projetos, os quais vêm obtendo sucesso, com o intuito de combatê-la.
Outro exemplo da magnitude da região é a presença do único hotel seis estrelas do mundo. Um lugar que é, de fato, belíssimo!!!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

África: um mundo de contrastes

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Com cerca de 30 milhões de Km² e mais de 900 milhões de habitantes, distribuídos em 53 países, a África reflete contrastes que nos remete ao Brasil. Não é mera coincidência, pois o continente africano, desde os tempos mais remotos, doou algumas de suas características à formação da cultural e populacional brasileira.
Em uma visão panorâmica do norte ao Sul do continente africano, vemos a desigualdade gritante que assola a região. No norte, uma pobreza que machuca aos olhos mais sensíveis e, ao Sul, uma riqueza que nos deixa estarrecidos. Como pode o continente mais pobre do mundo abrigar o único Hotel de categoria seis estrelas do planeta?
A natureza do continente africano é digna de aplausos. Vegetações variadas brotam desde os climas mais secos até os climas mais úmidos. Neste particular, também, destacamos a semelhança com o Brasil, visto que as terras do continente africana são muito ricas em flora e fauna.
A cultura é indescritivelmente variada e remonta os períodos pré-históricos. Religião, culinária, costumes, difundiram-se em vários lugares do planeta, com destaque para o Brasil que, no período colonial, recebeu (de forma nada amigável) imigrantes africanos e agregou religião e mesclou a população africana ao povo que aqui já vivia.Falar da África é, ao mesmo tempo, maravilhar-se com as diferenças e retratos da natureza e entristecer-se com as injustiças sociais. Lembrar-se de milhares de crianças que, como as nossas, sofrem com a fome, a miséria e o descaso dos órgãos protetores dos direitos humanos.


Vick Fornah é da Serra Leoa, na África Ocidental. Cry Africa é a música do CD, 'Hold My Hand ", que fez Vick um nome familiar na Serra Leoa. Com todas as guerras, pobreza e sofrimento na África, Vick diz a sua história com uma música cativante e palavras que falam da necessidade de parar a luta e o sofrimento das crianças no continente.

Serra Leoa é uma das nações mais pobres do mundo e tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano. Na década de 1990, o país mergulhou na guerra civil entre o governo e a Frente Revolucionária Unida (RUF), que obtinha recursos para comprar armas explorando as minas de diamante sob seu controle. Em 2001, governo e guerrilheiros chegam a acordo de paz, com a presença no país de tropas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Sobre Serra Leoa, leia também: Em Direção à Paz em Serra Leoa.

Hillary Clinton em Cabo Verde

Cabo Verde/Política

Hillary Clinton em Cabo Verde a partir desta quinta-feira

Hillary aterra na noite desta quinta-feira em território cabo-verdiano. Crédito: Reuters

A secretária de Estado norte-americana chega nesta quinta-feira à noite a Cabo Verde para a última etapa do périplo africano iniciado no passado dia 05 e que incluiu sete países, entre os quais Angola.

Em Cabo Verde, onde tem agendado um encontro com o primeiro-ministro José Maria Neves, Hillary Clinton deverá reconhecer o sucesso da governação cabo-verdiana que assenta na transparência na gestão económica e política do arquipélago, bem como na educação.
Entre os temas em discussão do encontro entre Hillary Clinton e José Maria Neves, figuram as relações comerciais bilaterais, o envolvimento da diáspora cabo-verdiana nos Estados Unidos nas economias e nos processos de desenvolvimento dos dois países e, sobretudo, a questão da segurança e do narcotráfico no Atlântico Médio.
Fonte: Visão News
Autor: África Today/CB
Data: 13 / 08 / 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"A África chora"

quarta-feira, 12 de agosto de 2009








Choramos também.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Baobá

terça-feira, 11 de agosto de 2009
A primeira vez que tomei conhecimento da magnitude do Baobá, estava sendo envolvida pela fantasia da infância que me proporcionava Antoine de Saint-Exupéry.
Quando o pequeno príncipe me fazia querer desenhar as imagens das histórias que contava, eu me vi por várias vezes a arrancar o Baobá do seu pequeno planeta para permitir que as rosas florescessem e perfumassem todo o ar.
Hoje, numa confissão, estando em outra fase da vida, eu seria incapaz de retirar o Baobá do seu planeta. É que o Baobá é muitas vezes mais bonito que uma rosa, ainda que seu tronco seja esquisito, que pareça mais um desastre da natureza e que não possua perfume algum.
O Baobá é um dos maiores símbolos da África, sendo até mesmo considerado sagrado por determinadas religiões e povos do enorme continente africano.
Não é necessária muita sensibilidade pra se entender o título que a grande e desconcertada árvore detém. Méritos absolutamente seus!
Entre gramíneas e arbustos que se desenvolvem em ambiente um bocado inóspito, com sol escaldante e pouquíssimos nutrientes, majestoso, gigante, e por que não dizer, exuberante, o Baobá se desenvolve melhor nestas mesmas savanas africanas, contrariando qualquer expectativa e se mantendo absolutamente resistente, autossuficiente e adaptável.
O Baobá, com suas raízes profundas e grossas, com tronco de madeira mole, mais largo do que alto, alcançando alturas entre de 5 a 25 metros, raramente ultrapassando os 30 metros, e contando com cerca de 7 metros no diâmetro, assusta pela capacidade de armazenamento de água, chegando a guardar em seu interior até 120.000 litros.
Além disso, trata-se de uma árvore totalmente aproveitável. a casca, reduzida a cinzas, é usada na fabricação de sabão; a entrecasca produz fibra grosseira, empregada na confecção de sacaria e cordame; e as folhas e frutos são comestíveis.
Encantador, o Baobá é um dos maiores colossos vegetais existentes no mundo, e mais que isso, admitindo-se que sua longevidade alcance milênios e, apesar de todas as intempéries, o Baobá é um sobrevivente, não muito diferente que todos os demais habitantes da África.


Postador por: Mariana Almeida

p.s. Eu gostaria de ter um Baobá em meu jardim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Estamos em Construção

segunda-feira, 10 de agosto de 2009
AGUARDE
 
Núcleo Baobá. Design by Pocket